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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
Gilmar Mendes reagiu à fala de Luiz Fux, que, durante discurso na sexta-feira, lembrou a todos que o mensalão e o petrolão existiram. Segundo o decano, “ninguém discute se houve, ou não, corrupção. O que se cobra é que isso seja feito seguindo o devido processo legal”.
“Não se combate crime cometendo crime. Se você usou a prisão provisória alongada para obter delação, isso tem outro nome. Se chama tortura”, afirmou o ministro, em evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
A declaração foi dada depois que Fux, em cerimônia no Pará, disse que “ninguém pode esquecer o que ocorreu no Brasil, no Mensalão, na Lava Jato, muito embora tenha havido uma anulação formal, mas aqueles 50 milhões das malas eram verdadeiros, não eram notas americanas falsificadas”.
Ainda no evento com a ACRJ, Gilmar disse que a Suprema Corte não faz oposição ao governo. Questionado sobre os constantes embates entre Jair Bolsonaro e o Judiciário, o decano evitou tecer opiniões, afirmando apenas que “situações de conflito são maximizadas e dão asas a lendas urbanas”.