Fundado em 11/10/2001
porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
Mesmo com a negativa do ministro Edson Fachin, as Forças Armadas devem insistir na realização de uma reunião técnica com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A avaliação feita ao site por militares do governo é de que os encontros do comitê de transparência eleitoral, como o promovido nesta segunda-feira (20), têm pouco espaço para discussões aprofundadas sobre a segurança das urnas eletrônicas.
Por isso, a tendência é de que as Forças Armadas reafirmem posição sobre a necessidade de uma nova reunião, com a presença apenas de auxiliares técnicos, para discutir eventuais mudanças no processo eleitoral.
Nas palavras de um militar do governo, a reunião poderia ter a participação de especialistas de outros setores da sociedade, mas que permita um debate sobre melhorias do atual sistema eletrônico, sem caráter político.
“Não imagino que instituição almeje tratamento privilegiado, preciso prezar pela igualdade”, disse o ministro em referência a pedido feito pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
Técnicos das Forças Armadas apontam dois pontos que poderiam ser adotados nas eleições deste ano. Um deles é a participação de um grupo de eleitores no chamado teste de integridade, que é realizado no mesmo dia da eleição. A avaliação é de que a presença de eleitores comuns, mediante a biometria digital, aproxima o teste das condições normais de votação, trazendo mais segurança ao pleito.
A questão foi analisada pela Justiça Eleitoral, que considerou ser um tema para ser analisado apenas em próximas eleições. O argumento da Corte Eleitoral é de que hoje no país nem todos os eleitores buscaram o registro biométrico e que há unidades da federação que ainda não terminaram o processo de coleta do registro digital.
O segundo ponto defendido pelas Forças Armadas seria a realização de um novo teste público de segurança das urnas eletrônicas, colocando à prova as urnas eletrônicas mais modernas, de 2020. Segundo a Justiça Eleitoral, a sugestão foi acolhida parcialmente.
A Corte Eleitoral afirma que a realização de uma nova testagem pública esbarra no curto prazo para o processo eleitoral, que terá início em agosto, mas que a auditoria do novo modelo “será assegurada por meio de um ajuste no plano de trabalho”.