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porto velho, sábado 10 de maio de 2025
MUNDO: O presidente russo, Vladimir Putin, assumiu o centro das atenções no desfile do Dia da Vitória da Rússia nesta sexta-feira (9).
Cercado por líderes mundiais em um espetáculo altamente coreografado, o desfile foi criado para mostrar ao mundo ocidental que a Rússia está longe de estar isolada.
Assistindo à marcha de milhares de tropas pela Praça Vermelha de Moscou, Putin ficou ao lado do convidado de honra, o líder chinês Xi Jinping.
A comemoração anual de 9 de maio da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial é um dos dias mais importantes do calendário do presidente russo e este ano se completa o 80º aniversário.
Tradicionalmente, o dia é dedicado aos estimados 25 a 27 milhões de soldados e civis soviéticos que morreram durante o conflito.
Mas, desde que a Rússia lançou uma invasão em larga escala da Ucrânia em 2022, o Dia da Vitória se tornou mais um exercício de propaganda, com Putin enquadrando a guerra contra o vizinho muito menor, como uma continuação do que os russos chamam de Grande Guerra Patriótica.
E embora as comemorações tenham sido discretas nos últimos três anos, a Rússia não se conteve desta vez.
Putin e Xi foram acompanhados por dezenas de outros líderes mundiais, a maioria dos quais ostentava a fita preta e laranja de São Jorge presa à lapela.
Muitos deles também enviaram tropas para marchar no desfile, ao lado de militares russos.
O símbolo militar russo remonta aos tempos imperiais, mas tornou-se extremamente controverso nos últimos anos, tendo sido cooptado como um sinal de apoio à agressão de Moscou contra a Ucrânia. Foi banido em vários países.
Os líderes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, Abdel Fattah el-Sisi, do Egito, Aleksandar Vucic, da Sérvia, Nicolás Maduro da Venezuela e Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, estiveram presentes, marcando uma melhora significativa em relação à lista de convidados do ano passado, limitada a algumas delegações de países pós-soviéticos, Cuba e alguns outros países.
Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia, um estado-membro da União Europeia, também esteve em Moscou nesta sexta-feira (9).
A presença dele ao lado de Putin foi particularmente significativa, dada a postura dura da UE contra a Rússia pela agressão à Ucrânia.