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porto velho, quinta-feira 3 de julho de 2025
MUNDO: A Nissan revelou esta semana um plano drástico de reestruturação que prevê o fechamento de sete fábricas em todo o mundo e o corte de aproximadamente 20 mil postos de trabalho até 2027, número bem superior às 9 mil demissões previstas há poucos meses.
O programa de recuperação, batizado de "Re:Nissan", reduzirá o número de plantas industriais da empresa de 17 para apenas 10. Atualmente, a montadora opera três fábricas nos Estados Unidos, que empregam cerca de 16 mil trabalhadores, além de uma unidade no México.
Como parte do plano, a empresa designará uma equipe de 300 pessoas dedicadas exclusivamente a iniciativas de redução de custos. A reestruturação também prevê uma reformulação na cadeia de fornecedores para garantir maior volume com menos parceiros.
A Nissan pretende diminuir a complexidade de peças em 70% e racionalizar sua estratégia de motores, o que inclui o cancelamento da construção planejada de uma fábrica de baterias de fosfato de ferro-lítio em Kyushu, no Japão.
Outro objetivo é encurtar o tempo de desenvolvimento de veículos de 37 para 30 meses. Até 2035, a montadora planeja utilizar apenas sete plataformas globais, uma redução significativa em comparação com as 13 atuais.
O novo presidente e CEO da Nissan, Ivan Espinosa, afirmou que a empresa precisa priorizar melhorias internas com maior urgência, buscando uma lucratividade menos dependente de volume, sinalizando um afastamento da estratégia anterior focada em vendas de modelos mais acessíveis.
A montadora japonesa enfrenta um declínio gradual em mercados importantes ao longo da última década. A empresa respondeu lentamente a novos concorrentes e demorou a expandir sua oferta de veículos elétricos após o lançamento da primeira geração do Leaf.