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porto velho, terça-feira 17 de junho de 2025
MUNDO: O Irã busca estabelecer uma relação com o governo do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, para que a guerra contra Israel possa ser encerrada. Informações nesse sentido foram compartilhadas por Seyed Abbas Araghchi, ministro das Relações Exteriores do Irã, nesta segunda-feira (16/6).
“Se o presidente Trump for genuíno em relação à diplomacia e estiver interessado em acabar com essa guerra, os próximos passos são importantes”, escreveu o ministro em publicação no X. O tom dos Iranianos parece quase implorar para que Donald Trump mande Israel parar de atacar o Irã.
Araghchi apontou que bastaria uma ligação telefônica de Washington para interromper as ações de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, o que poderia abrir caminho para um retorno à diplomacia.
Apesar disso, Seyed Abbas Araghchi reforçou o discurso de que Netanyahu é um criminoso de guerra e que os atos do governo israelense não podem ficar impunes. O ministro também apontou que as ações de Israel também buscam atrapalhar acordos entre Irã e Estados Unidos.
Além disso, de acordo com a agência de notícias Reuters, o governo iraniano está em tratativas com Catar, Arábia Saudita e Omã para que ajudem na pressão a Trump a fim de que os EUA usem sua influência sobre Israel para concordar com um cessar-fogo imediato.
Dessa forma, o Irã seria mais flexível em relação às negociações sobre temas nucleares.
Os EUA enviaram, nesta segunda-feira (16/6), o porta-aviões USS Nimitz ao Oriente Médio, em meio à escalada do confronto entre Israel e Irã, segundo informações do site Marine Traffic, que monitora a movimentação de navios militares pelo mundo.
A embarcação, movida a propulsão nuclear, estava no mar do sul da China e deixou a região em direção ao Oriente Médio, cancelando uma escala planejada no Vietnã. Ao mesmo tempo, mais de 30 aviões-tanque de reabastecimento aéreo da Força Aérea dos EUA decolaram de bases norte-americanas, rumo ao leste, através do Atlântico.
Autoridades dos EUA descreveram alguns desses movimentos como rotineiros ou relacionados a exercícios da Otan na Europa. O Departamento de Estado negou qualquer envolvimento direto dos país em ataques aéreos israelenses contra o Irã e enfatizou que o apoio dos EUA a Israel se limita a medidas defensivas.