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porto velho, quinta-feira 14 de agosto de 2025
MUNDO: A Rússia afirmou considerar “insignificantes” as conversas entre os líderes norte-americanos e europeus, antes da cúpula planejada entre Donald Trump e Vladimir Putin.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está em Berlim hoje para a reunião online, na qual os líderes europeus esperam convencer Trump a respeitar os interesses de Kiev nas negociações de sexta-feira (15).
“Consideramos as consultas solicitadas pelos europeus como ações politica e praticamente insignificantes”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexey Fadeev, em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (13).
Ele acusou a UE (União Europeia) de sabotar os esforços diplomáticos de Washington e Moscou para resolver a crise na Ucrânia e de tentar prolongar o processo de solução.
“A retórica da UE sobre seu suposto apoio à busca de maneiras de se chegar a uma solução pacífica nada mais é do que mais uma tentativa de prolongar o processo de solução”, disse Fadeev.
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.
Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.
Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.