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porto velho, domingo 26 de outubro de 2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer evitar que a tensão entre Venezuela e Estados Unidos se torne o tema central do encontro que deverá ter com Donald Trump no domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia.
Embora o petista já tenha dito que não há “assunto proibido” com o colega americano, a prioridade será tratar das sobretaxas impostas a produtos brasileiros, assim como das sanções aplicadas a autoridades, como o cancelamento de vistos americanos e a Lei Magnitsky, adotada contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e à sua esposa.
Na avaliação de auxiliares do governo, usar o encontro, ainda sem confirmação oficial, para discutir questões regionais, como Venezuela e Colômbia, seria desperdiçar uma oportunidade de resolver problemas domésticos e de estreitar os laços com a Casa Branca após meses de crise.
A situação começou a desanuviar há um mês, quando Lula e Trump se encontraram nos bastidores da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Ao discursar, o presidente americano afirmou ter tido uma “excelente química” com o brasileiro.
Desde então, os dois chefes de Estado se falaram por telefone, e suas equipes passaram a trabalhar para viabilizar o encontro previsto para este domingo. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, já conversaram por telefone e tiveram uma reunião na Casa Branca.