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porto velho, quinta-feira 13 de novembro de 2025

MUNDO: O Ministério da Defesa da Venezuela informou nesta terça-feira que deu início a uma nova fase do “Plano Independência 200”, que prevê uma “mobilização maciça” de tropas, sistemas de armas e meios militares.
O deslocamento ocorre em resposta ao que o governo venezuelano classifica como uma “ameaça imperialista” proveniente de navios, aviões e tropas norte-americanas posicionados no mar do Caribe, além da aproximação do porta-aviões Gerald Ford – o maior do mundo.
O comunicado da ditadura de Nicolás Maduro detalha que a nova fase inclui “o deslocamento maciço de meios terrestres, aéreos, navais, fluviais e de mísseis, sistemas de armas, unidades militares, milícia bolivariana, órgãos de segurança cidadã e comandos de defesa integral”.
A ordem de Maduro será executada entre esta terça e quarta-feira, segundo o texto do Ministério da Defesa.
A operação envolve todos os componentes militares e de segurança cidadã sob um esquema de “pleno preparo operacional”, com exercícios em terra, mar e ar. O objetivo, de acordo com o comunicado, é “otimizar o comando, o controle e as comunicações” e garantir a defesa integral do país.
O anúncio ocorre em meio à mobilização militar dos Estados Unidos, que Caracas considera uma tentativa de forçar uma mudança de regime. O governo de Donald Trump, por sua vez, afirma que suas manobras têm o objetivo de combater o narcotráfico na região e impedir que drogas cheguem aos Estados Unidos.
No entanto, segundo constatou uma equipe da CNN em Caracas, não há sinais visíveis de presença militar ou policial adicional na capital venezuelana, em comparação aos dias anteriores.
O “Plano Independência 200”, ativado por Maduro em 2025, é uma estratégia cívico-militar que mobiliza as Forças Armadas, a Milícia Bolivariana e as forças policiais em frentes distribuídas por todo o território nacional, com o objetivo de garantir “a soberania, a paz e a defesa integral”.
Em meio às tensões que começaram há quase três meses, o regime venezuelano mobilizou milhões de milicianos e ativou órgãos de defesa em todos os estados, alegando que promovem a paz ao mesmo tempo em que se preparam para se defender.