Fundado em 11/10/2001
porto velho, quinta-feira 13 de novembro de 2025

MUNDO: O Reino Unido parou de compartilhar informações de inteligência sobre embarcações suspeitas de tráfico de drogas no Caribe com os Estados Unidos, pois não quer ser cúmplice de ataques americanos na região, acreditando que essas ações são ilegais, disseram fontes.
A decisão é uma ruptura significativa do Reino Unido com seu aliado mais próximo e parceiro de compartilhamento de informações de inteligência, e ressalta o crescente ceticismo sobre a legalidade da campanha militar americana na América Latina.
Durante anos, o Reino Unido, que controla diversos territórios no Caribe, e onde mantém bases de inteligência, ajudou os EUA a localizarem embarcações suspeitas de transportar drogas para que a Guarda Costeira americana pudesse interceptá-las, informaram as fontes.
Porém, isso significava que os barcos seriam parados, abordados, suas tripulações detidas e as drogas apreendidas.
As informações de inteligência eram normalmente enviadas à Força-Tarefa Interagências Conjunta Sul, que é sediada na Flórida e inclui representantes de diversos países. Seu objetivo é combater o tráfico de drogas.
Porém, pouco depois de os EUA iniciarem os ataques contra os barcos no Caribe em setembro, o Reino Unido passou a temer que os americanos pudessem usar informações de inteligência fornecidas pelos britânicos para selecionar alvos.
O chefe de direitos humanos da ONU, Volker Türk, disse no mês passado que os ataques violam o direito internacional e configuram "execuções extrajudiciais". O Reino Unido concorda com essa avaliação, revelaram as fontes à CNN.
A embaixada britânica nos EUA, o Pentágono e a Casa Branca não responderam aos pedidos de comentários.