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porto velho, segunda-feira 6 de janeiro de 2025
A Justiça do Equador condenou o ex-presidente Rafael Correa a uma pena de oito anos de prisão por um caso de corrupção durante seu governo entre 2007 e 2017, informou o Ministério Público na última terça-feira 7.
O ex-presidente, radicado na Bélgica, foi condenado com outras 17 pessoas pelo crime de suborno, conforme publicado pelo órgão no Twitter.
Segundo o site da emissora Russia Today, o caso começou quando o portal de comunicação La Fuente publicou uma investigação sobre o envolvimento de Correa com a empreiteira Odebrecht e outras empresass multinacionais.
A publicação, replicada no portal Mil Hojas, faz referência a um relatório conhecido como “Arroz Verde”, supostamente recebido em 2014 por uma consultora de Correa, Pamela Martínez.
O relatório tem informações sobre as contribuições financeiras que empresas multinacionais, como a Odebrecht, teriam feito ao movimento Aliança País (AP), liderado por Correa até 2017. Os repasses teriam ocorrido entre 2013 e 2014, para a campanha presidencial.
Em novembro de 2019, Martínez foi solto após meses de prisão. Para Correa, seus oponentes políticos, como Lenín Moreno, hoje presidente do Equador, atuam para usar a Justiça e “alcançar o que nunca poderiam fazer nas urnas”, reporta o Russia Today. O ex-presidente acredita que Martínez acusou Correa de participar do esquema para ser libertada.
No Twitter, Correia afirmou que tudo é “um show” e comparou o caso ao ocorrido com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-presidente boliviano Evo Morales e a vice-presidente argentina Cristina Kirchner.
“Não aprendem a história. Não entenderam nada de Lula, Cristina, Evo. Claro que, com essa perseguição, eles causam danos a curto prazo. Mas, a longo prazo, eles apenas nos tornam invencíveis. Eles não serão capazes de mudar o curso da história. Vamos resistir e vencer”, escreveu Correa.