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porto velho, quarta-feira 8 de janeiro de 2025
MUNDO: Em comunicado de imprensa publicado na madrugada de sábado, a presidência "lamenta a morte" de Abba Kyari, braço direito do presidente nigeriano, Muhammadu Buhari.
"O falecido havia testado positivo para a covid-19, [doença] contra a qual lutava e recebia tratamento, mas devido à qual morreu na sexta-feira, 17 de abril", revela o comunicado de imprensa.
Abba Kyari é até ao momento a pessoa com maior estatuto na Nigéria a morrer devido à covid-19, que oficialmente infectou 493 pessoas e causou 17 mortos.
Os restos mortais foram trasladados para Abuja ao início da manhã e Abba Kyari foi enterrado na capital na Nigéria, perante uma multidão de familiares vestidos com trajes tradicionais e equipados de máscaras.
"Seus simpatizantes e todos os outros nigerianos são convidados a rezar pelo resto da alma do falecido", mas não haverá visita à sua família ou à presidência devido à pandemia, explicou um porta-voz da presidência, Garba Shehu.
Embora a sua idade exata nunca tenha sido revelada publicamente, Abba Kyari teria mais de 70 anos, sendo considerada uma figura misteriosa.
O conselheiro fazia parte do círculo restrito do presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, ex-general de 77 anos que foi reeleito para um segundo mandato em 2019.
Abba Kyari controlava quem tinha acesso ao chefe de estado, supervisionava todas as reuniões estratégicas da presidência e concedia as audiências presidenciais aos ministros.
O braço direito do presidente da Nigéria testou positivo para o novo coronavírus no final de março, após uma passagem pela Alemanha.
A situação causou pânico entre várias figuras de estado e forçou várias autoridades nigerianas a estarem em quarentena, depois de terem mantido contato com Abba Kyari.
A presidência não comunicou se o próprio Muhammadu Buhari foi testado para detectar uma possível infecção pelo novo coronavírus, mas o chefe de estado fez vários discursos na televisão nos últimos dias, anunciando medidas para conter a disseminação da covid-19.
O país mais populoso de África, com 200 milhões de habitantes, é particularmente vulnerável a crises sanitárias, devido ao seu sistema de saúde frágil e à sua alta densidade populacional.