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Mortes por falta de oxigênio derrubam ministro da Saúde na Jordânia

Governo assumiu responsabilidade pela falha e pediu desculpas à população.


Francepresse

Publicada em: 14/03/2021 10:47:17 - Atualizado

MUNDO: Sete pacientes com Covid-19 em um hospital perto de Amã morreram neste sábado (13) por falhas no fornecimento de oxigênio, causando uma grande comoção no país em pleno repique da epidemia do coronavírus na Jordânia.

Em um pedido público de desculpas, o primeiro-ministro, Bisher al Khaswaneh, disse que seu governo tem total responsabilidade pelas mortes e demitiu o ministro da Saúde, Nathir Obeidat.

"Como algo assim pode acontecer aqui? Como é que não há oxigênio neste hospital? Isso é inaceitável", gritou o governante, visivelmente irritado, ao diretor Abdel Razak al Khachman.

O primeiro-ministro, Bisher al Khaswaneh, disse que demitiu o ministro da Saúde, Nathir Obeidat. Em um pedido público de desculpas, ele disse que seu governo tem total responsabilidade pelas mortes.

O ministro da Saúde apresentou sua renúncia e acrescentou que o governo "assume total responsabilidade" pelo incidente.

"De acordo com um novo relatório, quatro homens e três mulheres com mais de 40 anos morreram", disse Adnane Abbas, diretora nacional de medicina legal. "Depois da necropsia e das amostras de pulmão das vítimas, há indícios claros de que as mortes ocorreram por falta de oxigênio", acrescentou.

As mortes causaram revolta em centenas de pessoas, incluindo as famílias das vítimas, que se reuniram em frente ao hospital público em Salt, onde 150 pacientes estão sendo tratados por Covid-19. Forças de segurança foram enviadas para controlar a manifestação.

O rei Abdullah visitou o hospital em uma ação que autoridades disseram ter o objetivo de acalmar as tensões. A raiva contra as autoridades já provocou distúrbios civis na Jordânia.

Com uma população de cerca de 10 milhões de habitantes, a Jordânia tem 385.533 casos de Covid-19 e 5.224 mortes.


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