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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL - O último corpo identificado entre as quatro vítimas da chacina ocorrida em Tremembé, em São Paulo, foi o de Bruna Calderari, de 35 anos. A mulher assassinada a tiros juntamente com três homens na rua Gabriel Martins, na madrugada da última quinta-feira (9), estava sem documentação.
Segundo informações da Folha de São Paulo, o documento de identidade estava com a família da vítima desde que ela perdeu a primeira via do RG em uma das suas temporadas pelas ruas em busca de drogas.
A chacina que vitimou Bruna Calderari e outras três pessoas é a nona a acontecer em São Paulo apenas este ano, com pelo menos 36 mortes divulgadas oficialmente, segundo informações do portal Uol. Como ela já era conhecida no bairro, pois costumava ser ajudada e alimentada por vizinhos, o corpo foi identificado inicialmente no boletim de ocorrência apenas com o seu primeiro.
Após deixar a casa dos pais por conta do seu envolvimento com crack e cocaína, problema crescente desde a adolescência, Bruna havia se mudado há dois anos para as imediações onde foi assassinada. A ex-universitária, que chegou a viver no Rio Grande do Sul e a frequentar o curso de Direito, passou a morar com o namorado e a mãe idosa dele, em uma casa simples naquele bairro.
A vítima teria passado por cinco internações para tratar da dependência química e mantinha contato com a família com frequência. Meses atrás, a dependente química teria concordado em aceitar ajuda do país para se internar novamente, mas acabou fugindo no dia marcado.
Entenda o caso
Bruna Calderari e outras três vítimas, que não tiveram as identidades reveladas, foram atingidas por desconhecidos que passaram pela rua Gabriel Martins, área da favela junto ao Cemitério do Horto Florestal, conhecida como ponto de venda de drogas. Os suspeitos estavam em um carro branco e atingiram a vítima com três tiros, um deles na mandíbula esquerda, apontado como o fatal. As outras vítimas também morreram no local.
Entre as quatro pessoas assassinadas, apenas uma teria passagem pela polícia, conforme informou à Folha a Polícia Civil. Com as vítimas, entretanto, não foi encontrada nenhuma substância ilícita. Na calçada, junto aos corpos, teriam sido coletados estojos de munição calibre.40, usado pela polícia de São Paulo, cuja compra não pode ser feita pela população comum. O caso está sendo investigado pela PC.