OURO PRETO DO OESTE, RONDÔNIA - 1ª Câmara Especial do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) manteve, na sexta-feira (27), a condenação contra o ex-prefeito de Ouro Preto do Oeste (RO) Irandir Oliveira Souza. Segundo o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), o político teria cobrado 25 mil de uma empresa contratada pelo município da Região Central. O ex-prefeito nega as acusações.

A decisão foi expedida pelo desembargador Gilberto Barbosa, da 1ª Câmara Especial do TJRO, que manteve a condenação de sete anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, imposta pela 1ª Vara Criminal de Ouro Preto do Oeste.

De acordo com os autos do processo, em 2005, o então prefeito exigiu 25 mil reais dos donos de uma construtora contratada pelo município como condição para liberar pagamento devido por serviço de terraplanagem em estradas vicinais.

Segundo o MP, na ocasião, o prefeito manteve um dos empresários em cárcere privado sob o olhar de seguranças armados, para ir com o outro sócio até uma agência bancária para sacar o valor exigido.

O G1 procurou o ex-prefeito, Irandir negou as acusações e disse que está sendo perseguido pelo magistrado da 1ª Vara Criminal de Ouro Preto do Oeste.

“É um crime que eu não cometi, o Tribunal foi equivocado em manter a sentença. A sentença foi aplicada por um juiz imparcial, um juiz que me persegue no município de Ouro Preto do Oeste”, afirma o ex-prefeito.

Outros crimes

Irandir ficou nacionalmente conhecido após denuncias apresentadas pelo Fantástico, por supostas fraudes e irregularidades em sua empresa de transporte interestadual de pessoas.

Em agosto de 2014, Irandir Oliveira Souza foi preso em Goiânia (GO) em cumprimento de cinco mandados, sendo que três eram de prisão preventiva e dois mandados de sentenças transitadas e julgadas.

Na ocasião, o ex-prefeito estava foragido há cerca de dois anos. Após ser preso ele foi transferido para Porto Velho e encaminhado a Penitenciária Estadual Edvan Mariano Rosendo (Urso Panda).

O ex-prefeito era acusado de falsidade ideológica, crimes ambientais, crime eleitoral e crimes de trânsito. E ainda havia suspeitas de desvio de dinheiro público da Secretária Municipal de Saúde (Semsau), durante o seu mandato de prefeito em Ouro Preto do Oeste, entre os anos de 2006 e 2007.

Irandir foi cassado em 2007 por improbidade administrativa, acusado de utilizar o cargo como chefe do executivo em benefício de sua empresa de transportes interestadual de pessoas.