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    porto velho, domingo 22 de setembro de 2024

Cristian Cravinhos é denunciado à Justiça por corrupção e posse ilegal de munição

Cristian foi preso após se envolver em confusão e ser flagrado com munição de uso restrito, em Sorocaba (SP).


G1

Publicada em: 03/05/2018 17:18:36 - Atualizado

O caso da confusão em um bar de Sorocaba (SP) que acabou com a prisão de Cristian Cravinhos, no dia 18 de abril, foi denunciado à Justiça nesta semana. O processo, que corre na 2ª Vara Criminal da cidade, teve o inquérito concluído. A Polícia Civil indiciou Cristian pelos crimes de corrupção ativa e posse ilegal de munição de uso restrito.

Agora, o caso será analisado pela juíza Margarete Pelizzari, após ser enviado pelo promotor Carlos Alberto Scaranci Fernandes. Ao G1, o advogado de Cristian afirmou que está preparando a defesa ao processo.

Cravinhos foi detido após tentar subornar policiais militares que foram acionados para atender uma ocorrência de agressão contra uma mulher, que seria ex-companheira dele.

Cristian já responde pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, crime pelo qual foi condenado a 38 anos de prisão. Desde agosto do ano passado, ele cumpria a pena em regime aberto, mas após a prisão em Sorocaba retornou à penitenciária 2 de Tremembé.

De volta às grades

Cristian Cravinhos foi preso na madrugada do dia 18 de abril após ser denunciado por agredir uma mulher, apontada como sua ex, na porta de um bar em Sorocaba. A mulher não registrou queixa de agressão.

Segundo os policiais que foram acionados para atender a ocorrência, ao ser abordado, Cristian se apresentou como "um dos irmãos Cravinhos”. Ao saber que seria levado para a delegacia, ele teria oferecido R$ 1 mil aos PMs e dito que o irmão, Daniel, viajaria de São Paulo para entregar mais R$ 2 mil.

De acordo com um dos policais que atendeu a ocorrência, Cristian também cogitou vender a moto para dividir o valor com os oficiais. Uma pessoa que estava no bar, e pediu para não ser identificada, conta que viu as agressões de Cravinhos.

"Eles começaram a discutir e ele agrediu ela, deu um soco no rosto dela, puxou pelo cabelo, jogou ela de volta no carro e continuou agredindo. Aí todo mundo se meteu, segurou ele, falou que ia ligar para a polícia."

Regime aberto

Na época do assassinato do casal von Richthofen, em 2002, o irmão de Cristian, Daniel Cravinhos, era namorado de Suzane. O trio planejou e assassinou Manfred e Marísia Richthofen na casa da família, na zona sul de São Paulo. Os pais de Suzane eram contra o namoro da filha com Daniel.

Suzane von Richthofen e os irmãos Cravinhos foram submetidos a júri popular em 2006. Cristian foi condenado a 38 anos e seis meses em regime fechado, mas deixou a penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé (SP), em agosto de 2017, após ser autorizado pela Justiça a cumprir o restante de sua pena em regime aberto. A decisão foi da Vara de Execuções Criminais de Taubaté.

Daniel Cravinhos foi condenado a 39 anos e seis meses de prisão em regime fechado, mas também conseguiu o mesmo benefício em janeiro deste ano, quando deixou a penitenciária em Tremembé para cumprir o restante da pena em liberdade.


Os irmãos Cristian (esq.) e Daniel Cravinhos, em foto de 23 de janeiro de 2006 (Foto: Vidal Cavalcante/Estadão Conteúdo/Arquivo)


Suzane von Richthofen

Namorada de Daniel na época do crime, Suzane von Richthofen também foi condenada a 39 anos e seis meses de prisão, além de multa.

Em janeiro deste ano, ela obteve parecer favorável para cumprir o restante da pena em liberdade, assim como os irmãos Cravinhos. A defesa dela pleiteia o regime aberto desde junho do ano passado. Não há prazo para julgamento na Justiça, mas o documento deve embasar a decisão sobre o pedido.


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