BRASIL -O senador Sergio Moro (União-PR) usou as mídias sociais para criticar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizado no domingo (5). Na postagem, o parlamentar diz ter "pena dos estudantes brasileiros" por se submeterem a uma prova que, "além de abusar da doutrinação ideológica, é confusa e mal redigida". No entanto, Moro errou ao chamar o exame de "ENEN" na postagem — detalhe que não passou despercebido pelos internautas. O assunto virou um dos mais comentados do dia nas redes.

Os deputados federais Duda Salabert (PDT-MG) e Alencar Santana (PT-SP) foram alguns dos parlamentares que perceberam e repercutiram o erro nas redes sociais. Vários internautas fizeram prints da publicação e repostaram para ironizar Moro.

"Se me contassem, eu diria: 'escusas', mas eu não consigo acreditar que um senador da República não sabe o nome de um exame com a estatura do Enem", escreveu também a deputada Erika Hilton (PSOL-SP). "O 'ENEN' que o Moro quer significa Exame Nacional dos Energúmenos Negacionistas (ENEN)", escreveu o deputado Rogério Correia (PT-MG). A deputada Maria do Rosário foi além e fez um vídeo ironizando. "Aos desavisados: não é 'ENEN'. Enem é com M."

O erro foi corrigido na plataforma às 20h31 desta segunda (6). Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa de Moro disse que o senador não iria se manifestar.

Tenho pena dos estudantes brasileiros. A prova do ENEM, além de abusar da doutrinação ideológica, é confusa e mal redigida. Qual é o problema em formular questões e respostas de forma clara, direta e objetiva.

— Sergio Moro (@SF_Moro) November 6, 2023

Moro não foi o único político a errar o nome do exame. A ex-senadora Kátia Abreu também escreveu "ENEN" em uma postagem em que criticava as questões. No entanto, ela manteve a grafia incorreta e postou uma nova publicação com a correção. "Enem. Desculpe erro. Fiquei nervosa com o absurdo", justificou-se.

ENEN:Milhões de brasileiros merecem uma explicação sobre esta questão. Uma pessoa escrever as besteiras que quiser no seu livro tudo bem. Mas daí isso virar uma questão de prova é um acinte.Alunos foram obrigados a acertar uma resposta que não acreditam?Isso tem que ser um crime.