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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
PORTO VELHO: A corrida eleitoral deste ano não é feita por cartomante, mas está prometendo o reaparecimento por três meses, de políticos que sumiram do mapa nos últimos quatro anos e até seis anos.
Uma dessas desaparecidas é a ex-senadora Fátima Cleide (PT), que da última vez em que foi falada pela mídia estava morando em Brasília, defendendo Lula e Dilma e agora volta ao cenário eleitoral como pré-candidata ao Senado.
Desde que disputou e perdeu as eleições à prefeitura de Porto Velho em 2012 para Mauro Nazif, Cleide desapareceu. Viu sucumbir o governo do correligionário e até então amigo prefeito Roberto Sobrinho, não participou das eleições estaduais de 2014 e simplesmente ignorou a suicida campanha do ex-Padre Ton ao governo do estado naquele ano. Não deu as caras em 2016 para ajudar Roberto Sobrinho que tentava voltar à prefeitura depois dos escândalos do seu governo anterior, assim como se absteve de tentar ajudar os companheiros a conseguirem pelo menos uma cadeira na Câmara de Vereadores.
A pré-candidatura de Fátima Cleide ainda é modesta, longe do barulho petista na era Lula, quando se elegeu pela única vez, porém seu nome já aparece nas primeiras pesquisas como opção ao Senado. A diretoria do Partido dos Trabalhadores (PT), que é comandada pelo deputado estadual Lazinho da Fetagro, que deverá buscar a reeleição, ainda não anunciou nenhuma lista de pré-candidatos, o que deve acontecer mais próximo das convenções.
Nas eleições de 2010, com duas vagas ao senado em disputa, assim como em 2018, Fátima Cleide recebeu 222.300 votos para o Senado (16%). Valdir Raupp, o campeão de sufrágios naquele pleito recebeu 481.420 votos (34,25%) enquanto Cassol computou 454.087 votos.
Nas eleições de outubro próximo, Fátima precisará superar o próprio Raupp, Confúcio Moura, Expedito Junior, Jesualdo Pires, Aloísio Vidal e alguns outros que aparecerão nas convenções, para que possa assegurar uma das duas vagas em disputa.
Com a situação de declínio em que o Partido dos Trabalhadores se encontra desde os escândalos do mensalão e agora da lava jato, com Lula e os principais líderes nacionais do partido presos, torna-se uma missão praticamente impossível. Mas quem sabe, as cartas ajudem.
Por: Jocenir Santanna