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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
PORTO VELHO: Se dizendo pressionado pela executiva nacional para lançar a sua candidatura à reeleição, o governador Daniel Pereira-PSB não tem perdido tempo e já articula apoios para eventual disputa do pleito de outubro. Enquanto promete fidelidade para o senador Acir Gurgacz-PDT, articula um grupo de apoio por outra via, para pavimentar sua permanência no comando do Estado, caso “precise” ser candidato.
Com a definição de inelegibilidade de Ivo Cassol e com Expedito Junior-PSDB focado em uma das cadeiras do Senado, Daniel já começa a olhar pela janela do Palácio Rio Madeira e encontra no outro lado da coligação que elegeu Confúcio Moura por dois mandatos (PMDB/PDT/PSB), uma oportunidade de garantir mais quatro anos de mandato.
Mantido líder do governo na Assembleia Legislativa e exímio articulador político, Laerte Gomes-PSDB, tem mostrado a Daniel uma opção diferente para que ele se mantenha no poder. Como o MDB tem Maurão de Carvalho como pré-candidato e o outro partido da coligação vencedora em 2014, o PDT tem Acir já em pré-campanha, Daniel pode se tornar, o candidato da própria oposição do seu governo, sendo apoiado pelo PSDB, PP e PR, partidos de onde sairia o nome do vice. As conversações, coordenadas pelo chefe da Casa Civil, Eurípedes Miranda, também estariam sendo articuladas pelo deputado estadual Cleiton Roque, que é o vice-líder do governo na Assembleia e parceiro de Laerte na região central do estado.
A ideia seria Daniel fortalecer a campanha de Expedido Junior ao senado, garantir no governo apoio aos candidatos da inusitada coligação e, em contrapartida, ganhar um grupo de apoio do que tem sido chamado de Frentão, que contaria ainda com o PSD, de Expedito Neto e com o Democratas, de Adelino Follador e Marcos Rogério-DEM, que já estaria sendo convencido a disputar a reeleição à Câmara Federal e apoiar a candidatura de Jesualdo Pires-PSB, ao Senado e manter a escrita de sempre: "Continuar dizendo que só sai ao governo, se Acir não sair".
As convenções partidárias acontecem na primeira semana de agosto e até lá, a previsão é de muita articulação, traição, puxadas de tapete surpresas para a definição das candidaturas.Por: Jocenir Santanna