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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
JARU: Incomodado com as recentes notícias dando conta de que ele estaria articulando a pré-candidatura ao Governo do seu fiel escudeiro e ex-secretário estadual de finanças, Wagner Garcia, o ex-governador e pré-candidato a senador pelo MDB, Confúcio Moura, foi direto ao ponto ao iniciar a sua fala, durante encontro municipal do partido, no último sábado em Jaru.
"Eu vim aqui hoje, pois temos adversários e às vezes inimigos, mas não sou inimigo de ninguém. Adversário político eu sei o nome e a cara. Mas, dentro do partido, temos o tal do fogo amigo e isso é muito ruim. É muita fofoca e isso não fica bem. São essas coisinhas que não promovem ninguém, apenas a discórdia", desabafou ele.
Se dizendo ser "um homem sem rodeios e sem meias palavras", Confúcio bateu pesado no chamou de "manobras obscuras", a tentativa de imputar a ele uma articulação para minar o nome de Maurão de Carvalho, pré-candidato a governador pelo MDB.
"Quem é o nosso candidato ao Governo? É Maurão de Carvalho e não se discute mais isso. É preciso agora construir um programa de Governo para mostrar ao povo. Cada um tem um rumo e vai trabalhar de seu jeito. Vamos pacificar completamente o nosso partido, nesse encontro. Quero deixar bem claro que eu lhe apoio, integralmente", garantiu.
Sobre o seu aliado, Confúcio não poupou elogios. "Wagner é um técnico competente e não pleiteia vaga de ninguém. Vamos passar a borracha nisso: conversa fiada nunca mais. Eu não estou gostando dos rumos e precisamos ter o MDB de volta ao Governo, com Maurão".
Em seu discurso, Raupp buscou aparar as arestas e amenizar o clima. "Há alguns ressentimentos e quero jogar um pouco de água fria nesse momento. Saímos do Governo e precisamos saber lidar com isso".
Raupp aproveitou para abrir o jogo: "Já que estamos aqui lavando roupa suja, também quero deixar claro que nunca estimulei o senador Ivo Cassol a criticar o ex-governador Confúcio Moura, como andaram espalhando. O Cassol não precisa ser incentivado a bater em ninguém, pois todos sabem o seu estilo de fazer política. Estamos no mesmo barco: se ele afundar, afundamos todos".
Em sua fala, Maurão preferiu não entrar em "bola dividida". "Alguns sites ficam fazendo fofocas nesse período. O fato de não andarmos juntos em uma agenda conjunta se deve às necessidades de cada um. Somente na campanha e em alguns momentos, estaremos mais juntos. Mas, não estamos fazendo campanha em separado. Não existe isso. Raupp e Confúcio são meus candidatos ao Senado", disse Maurão.
Agora pacificado e sem a ameaça de Ivo Cassol (PP), que deverá começar a cumprir pena nos próximos dias e já jogou a toalha, os cardeais do MDB talvez tenham entendido que é preciso aparar as arestas e seguirem juntos, pelo bem político de cada um. Divididos, perdem todos.