PORTO VELHO, RO: Uma reunião promovida no palácio do Governo de Rondônia um dia antes da operação 'Dionísio', deflagrada pelo Ministério Público Federal - MPF, nesta última semana, e que culminou no afastamento do secretário da SEJUCEL, Júnior Lopes, deixou um questionamento: O governador Marcos Rocha sabia dessa investigação?

Na reunião, o governador alertou aos seus secretários que ninguém estava autorizado a utilizar o seu nome para fazer qualquer tipo de acordo escuso. Se mostrando indignado, Marcos Rocha (UNIÃO) falou sobre ética, princípios familiares e honra, deixando bem claro que cada membro da alta cúpula de sua gestão responde por seu CPF.

O fato é que logo após o "sermão" de Rocha aos seus comandados, a polícia anunciou à sociedade um possível esquema envolvendo dinheiro destinado para eventos na capital e no interior do Estado que superam a marca dos R$ 9 milhões, o que deixa bem possível o fato da reunião ter sido uma antecipação do Poder Executivo à operação que estava por vir.

Marcos Rocha publicou um vídeo da reunião em suas redes sociais. A ampla publicidade dada às suas palavras ditadas nessa profética reunião manteve seu gabinete blindado contra críticas mais severas.

A todo custo, Júnior Lopes nega qualquer ato ilícito e afirmou que sequer precisa do dinheiro correspondente ao salário de secretário estadual, porém, ele segue afastado e as investigações continuam.