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porto velho, quarta-feira 30 de abril de 2025
PORTO VELHO-RO: Eleita com a promessa de renovação, a bancada federal de Rondônia no Congresso Nacional tem enfrentado críticas crescentes por sua atuação apagada e falta de protagonismo em Brasília.
Composta majoritariamente por deputados e senadores jovens, com exceção do senador Confúcio Moura-MDB, ou de primeiro mandato, a atual representação do estado acabou se acomodando nos assentos do chamado “baixo clero” — parlamentares de pouca influência, sem protagonismo nas comissões mais importantes ou no direcionamento de recursos para o estado.
A ausência de voz ativa nos debates nacionais e a dificuldade em articular com os altos escalões do governo federal já começa a ser percebida pela população, que sente na prática a lentidão na liberação de recursos e na execução de obras e projetos prioritários para Rondônia.
Esse cenário tem alimentado a nostalgia por antigos caciques políticos que, apesar das críticas de outros tempos, transitavam com desenvoltura nos bastidores do poder. Nomes como Amir Lando, Valdir Raupp, Marinha Raupp, José Bianco, Mauro Nazif, Miguel de Souza e Luiz Cláudio Pereira, formavam um grupo calejado, com trânsito livre nos ministérios e influência real sobre o direcionamento de verbas federais para o estado.
Em meio ao vácuo de representatividade atual, esses veteranos voltam a ganhar espaço na mídia e já se movimentam nos bastidores com vistas às próximas eleições. Um dos nomes que desponta com mais força é o do ex-senador Amir Lando, que vem sendo ventilado como possível candidato a deputado federal, surfando na insatisfação popular com os atuais representantes. Culto, ficha limpa e nome nacional, Lando vem ganhando as graças do eleitorado em todo o Estado e é tida como certa sua volta ao parlamento federal.
Outro nome que faz bastante falta, segundo analistas da política local, é do ex-deputado Luiz Cláudio Pereira, considerado o pai, por ocasião do término elevados da capital e da estação de passageiros do aeroporto Jorge Teixeira.
Na contramão da apatia generalizada, a deputada federal Sílvia Cristina tem se destacado nacionalmente por seu trabalho na área da saúde, especialmente no apoio ao tratamento do câncer. Com atuação reconhecida e respeitada, ela é apontada como uma exceção dentro de uma bancada marcada pela inexpressividade e poderá ser um nome imbatível ao senado.
A crescente pressão sobre os atuais parlamentares deve acender um sinal de alerta: a cobrança por resultados concretos e por uma atuação mais firme em defesa dos interesses de Rondônia tende a crescer nos próximos meses. E, caso a apatia persista, o caminho para o retorno da velha guarda pode estar cada vez mais aberto.