• Fundado em 11/10/2001

    porto velho, quarta-feira 30 de abril de 2025

Petistas de RO evitam defesa de Lula em meio a crise e se retraem para eleições de 2026

A ausência de manifestações públicas de apoio ao presidente por parte da militância e das lideranças do Partido dos Trabalhadores no estado tem chamado a atenção...


Redação

Publicada em: 30/04/2025 08:33:53 - Atualizado

PORTO VELHO – RO: Em meio à queda de popularidade do governo federal e ao desgaste causado por denúncias de corrupção, como o escândalo que envolve o irmão do presidente Lula, Frei Chico, acusado de participação em golpes contra aposentados por meio do INSS, e nenhuma postagem em favor dos barnabés, os petistas de Rondônia parecem ter adotado uma postura acanhada, evitando o embate público em defesa do governo e preferem atacar a doença de Bolsonaro.

A ausência de manifestações públicas de apoio ao presidente por parte da militância e das lideranças do Partido dos Trabalhadores no estado tem chamado a atenção. Nem mesmo durante visitas recentes de ministros ao estado, para anunciar obras e investimentos federais, houve mobilização significativa do grupo petista local para capitalizar politicamente os anúncios. A expectativa de que essas agendas impulsionassem a imagem do partido na região acabou frustrada diante do silêncio e da falta de articulação.

Enquanto isso, quem tem assumido a linha de frente na defesa do presidente em Rondônia é o senador Confúcio Moura (MDB), que tem demonstrado mais empenho que os próprios aliados petistas. O contraste tem sido notado até por observadores políticos locais, que veem no comportamento do MDBista uma tentativa de preencher o vácuo deixado por um PT sem fôlego.

À frente da sigla no estado, o ex-deputado federal Anselmo de Jesus também segue em silêncio, sem declarações contundentes que sinalizem reação às críticas que se acumulam contra o governo Lula.

A falta de combatividade entre os petistas locais alimenta a percepção de que o partido entra na disputa eleitoral de 2026 enfraquecido e sem protagonismo, num cenário político regional já adverso.

Com os reflexos da crise nacional batendo à porta e o partido acuado em meio aos escândalos, analistas avaliam que o PT rondoniense enfrenta o desafio de reorganizar sua base, recuperar a confiança do eleitorado e, principalmente, encontrar vozes dispostas a sustentar um discurso em defesa do governo — algo que, até aqui, parece distante da realidade política no estado.


Fale conosco