PORTO VELHO RO - Em entrevista nessa terça-feira (30) ao Programa a Voz do Povo, apresentado pelo jornalista e advogado Arimar de Souza Sá ao vivo de segunda-feira à sexta-feira, do meio-dia às 13 horas na Rádio Caiari FM 103,1 e pela Antena FM em Rede Estadual, o deputado estadual Jair Montes (PTC) disse que a relação entre Governo e Assembleia Legislativa “está começando a ficar harmônica” e declarou: “antes se achava que Executivo é Executivo, e Legislativo é Legislativo”.

Ao falar sobre o tema, que repercutiu ainda mais esta semana com a nomeação do novo chefe da Casa Civil Junior Gonçalves ocorrida na noite da última segunda-feira (29), o parlamentar avaliou que o comportamento do governador coronel Marcos Rocha (PSL) pode ser atribuído ao fato de ele ser “mais um dos políticos que veio do anonimato, eleito pela onda Bolsonaro”, mas frisou: “é impossível um prefeito governar sem apoio da Câmara, o governador governar sem o da Assembleia, assim como é impossível o presidente sem o apoio da Câmara e do Senado Federal, tanto que agora o Bolsonaro está se reunindo com o Maia (presidente da Câmara Federal Rodrigo Maia/ DEM). E isso não é um toma lá, dá cá, e um trabalho de harmonia entre os poderes que agora está acontecendo”.

Apesar da explanação, o deputado garantiu que, diferente de outros que passaram pelo Programa como o próprio presidente da Assembleia Laerte Gomes (PSDB), Lazinho da Fetagro (PT) e Alex Redano (PRB), Jair Montes afirmou que foi recebido sim, “e muito bem” por Marcos Rocha, que segundo ele, “inclusive pediu ajuda e admitiu falta de experiência”.

Impeachment

Sobre o impeachment contra o governador, o deputado disse que ele foi um dos primeiros a alertar o governador quanto à improbidade administrativa, mesmo assim, declarou que é contra o afastamento do chefe do executivo estadual.

“É justo levar um governador com quase 70% de aprovação da população ao impeachment?”, questionou ao justificar seu posicionamento, acrescentando que, o pedido já foi lido em Sessão, e segue o rito de trâmite pela Casa de Leis.

Perguntando se considera os possíveis votos a favor do impedimento injusto, respondeu que não, “mas um pedido de impeachment causa um trauma à população”, complementou, citando o caso da ex-presidente Dilma Roussef como exemplo.

100 dias de Governo

Ao avaliar os 100 dias do Governo Marcos Rocha, Jair Montes citou o orçamento de mais de R$ 8 bilhões de orçamento do estado, a pecuária pujante, e a agricultura forte, para falar que “falta ousadia do Executivo”.

Na contramão da economia relevante, falta, no entendimento do parlamentar, incentivo para que grandes empresas multinacionais que geram emprego e renda de forma significativa se instalem no estado.

“Se fizermos um grande evento no estado, por exemplo, faltam hotéis. Não temos um Estádio de Futebol, um Centro de Eventos, uma Rodoviária ou um grande Aeroporto. Ou seja, está faltando união da classe política para se fazer um pacto por Rondônia”, pontuou.

Pressionado do porque não toma atitude de fazer a frente para que este progresso se torne realidade, Jair Montes assegurou que “está trabalhando para isso”, porém, admitiu: “não é possível fazer tudo sozinho. É necessário união dos poderes: Executivo e Legislativo, para que as coisas aconteçam”.

Prisões

No programa, o deputado também criticou a Bancada Federal, à qual disse que “estão muito em Brasília e o estado é aqui”; avaliou a nomeação do novo chefe da Casa Civil Junior Gonçalves; falou sobre jetons do Detran e da Caerd; habitação à qual é presidente na Assembleia Legislativa; sobre o retorno dos vigilantes às Escolas; respondeu `à perguntas dos ouvintes incluindo suas prisões às quais considera arbitrárias; e outros assuntos.

Ao final do programa, o apresentador destacou como fantástica a audiência, dentre todos que já apresentou. "O convidado demonstrou firmeza nas respostas e passou sinceridade ao ouvinte. Daí toda essa audiência", destacou.

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