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porto velho, segunda-feira 30 de setembro de 2024
O novo ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira (17) que irá unificar os procedimentos médicos usados no atendimento dos casos hospitalizados da Covid-19 em todo o país.
"Vamos trabalhar para conseguir homogeneizar a conduta assistencial no país como um todo. Por exemplo, as nossas UTIs, temos que ter protocolos uniformizados de assistência, nós temos que transferir a expertise dos grandes centros para as unidades de terapia intensiva que estão nas cidades mais distantes, dos estados menores (...) É preciso garantir um atendimento mais pronto ao paciente, mais rápido, para evitar que a doença progrida", disse Queiroga.
O anúncio feito durante coletiva de imprensa ocorre dois após a médica Ludhmilla Hajjar, que recusou o cargo de ministra da Saúde, defender que é função da pasta orientar equipes médicas sobre a melhor forma de atender pacientes com Covid-19 e a necessidade de se criar uma "referência nacional de protocolo".
"O Brasil precisa de protocolos, e isso é pra ontem. (...) Nós estamos discutindo azitromicina, ivermectina, cloroquina. É coisa do passado. A ciência já deu essa resposta. Cadê um protocolo de tratamento? (...) Perdeu-se muito tempo na discussão de medicamentos que não funcionam", disse Hajjar em entrevista à GloboNews na segunda-feira (15).
O Brasil ainda não tem um protocolo nacional detalhado que unifique os procedimentos não medicamentosos a serem realizados em pacientes da Covid-19.
Queiroga, no entanto, justificou a demora do Ministério da Saúde em se manifestar sobre os protocolos para unificar o atendimento.
"Estamos diante de uma doença nova. Quando começou esses casos, nós não tínhamos esse conhecimento", justificou o novo ministro.