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    porto velho, terça-feira 1 de outubro de 2024

'Deixei Ministério por divergência sobre cloroquina'; afirma Nelson Teich

Ele é o segundo ex-ministro do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ouvido pelos senadores depois de Luiz Henrique Mandetta


cnn

Publicada em: 05/05/2021 11:17:00 - Atualizado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia ouve nesta quarta-feira (5) o ex-ministro da Saúde Nelson Teich, a partir das 10h. Ele é o segundo ex-ministro do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ouvido pelos senadores depois de Luiz Henrique Mandetta, que prestou depoimento por 7 horas na terça-feira (4).

O depoimento de Teich estava previsto para a terça-feira (4), às 14h. No entanto, o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), adiou a oitiva em um dia após o também ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello alegar ter entrado em contato com dois servidores do Executivo que foram diagnosticados com Covid-19.

A oitiva com o médico oncologista começou por volta das 10h40, após ele fazer um breve resumo de seu período no governo federal e de a comissão homenagear as vítimas da pandemia.

Resumo da CPI da Pandemia:

Teich repetiu, reiteradamente, aos senadores que durante sua gestão no Ministério da Saúde não foram tomadas ações no sentido de produzir ou distribuir cloroquina aos estados para o tratamento de pacientes com Covid-19.

"Vou ser honesto, não participei disso. Se aconteceu alguma coisa, foi fora do meu conhecimento", disse, ao ser perguntado sobre uma declaração do presidente Bolsonaro, em 21 de março de 2020, de que o laboratório do Exército havia aumentado a produção do medicamento.

"Eu tinha uma posição muito clara não só em relação à cloroquina, mas a qualquer medicamento (...) Na verdade, o que acontece? O dia a dia era extremamente intenso. Faltavam respiradores, equipamento de proteção individual (EPIs), as mortes aumentando, os casos aumentando. Foi um assunto que não chegou a mim a produção de cloroquina."

Ele afirmou ainda considerar que a conduta de recomendar o medicamento era, do ponto de vista técnico, inadequada em razão da falta de estudos clínicos que atestassem sua segurança e eficácia para casos do novo coronavírus.


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