O ex-candidato à Presidência da República Padre Kelmon, foi expulso da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil. A informação foi publicada pela Instituição através do Facebook na última sexta-feira (16). Porém, nesta segunda-feira (19), Kelmon afirmou que a decisão de se desligar da entidade partiu dele.

“Decidimos cancelar a Provisão 0025/21 conferida ao Padre Kelmon Luis da Silva. Também informamos que decidimos desencardinar do clero. Dessa forma, o mesmo fica proibido de ministrar os sacramentos e de falar em nome da Igreja Ortodoxa do Peru-Tradição canônica Síro-Ortodoxa Malankara Indiana”, informa um trecho do documento.

O decreto foi assinado pelo arcebispo metropolitano no Peru e autoridade máxima da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru, Mor Francisco Ángel Ernesto Móran Vidal, e pelo vigário episcopal do Brasil, monsenhor Miguel Phellype. A nota finaliza com uma passagem bíblica do livro Matheus: “Tudo que ligares na terra será ligado no céu, mas aquilo que desligarem na terra será desligado no céu. (Mateus 16:19)”.

Vale lembrar que o vínculo religioso do ex-candidato foi questionado após participar do debate presidencial na Rede Globo.Durante a corrida presidencial, a candidata Soraya Thronicke o chamou de “padre de festa junina”. A atitude desencadeou as suspeitas, uma vez que foram encontradas imagens de Kelmon fantasiado de sacerdote em um evento junino. Após a confusão, a instituição peruana confirmou seu vínculo com o petebista.

Depois do rompimento com a entidade, Kelmon afirma ter pedido a entrada na Igreja Ortodoxa Grega da América e Exterior, na mesma data em que foi desligado da Instituição. A carta possui o dia 16/12, última sexta-feira, dia em que o comunicado foi compartilhado.

Durante as corridas presidenciais, o Padre substituiu o ex-deputado federal Roberto Jefferson na chapa do PTB devido ao indeferimento do ex-parlamentar. Ainda assim, terminou em sétimo lugar na disputa, com pouco mais de 81 mil votos.