RONDÔNIA- Rei morto. Rei posto! É uma frase antiga, mas que tem ainda muito significado na política, que define os rumos de acordo com os interesses e com as forças do momento. Com a posse do presidente Lula, muitos políticos bolsonaristas (ou que apenas pegaram carona em seu nome), trataram de mudar o tom do discurso.

Antes falando grosso e alto, agora muitos deles preferem falar com voz mansa, em nome da sobrevivência política. Afinal, quem quer perder a fatia do tal orçamento secreto? Quem tem a chave do cofre agora é o Lula e sua turma.

O deputado federal reeleito de Rondônia, Coronel Chrisóstomo (PL) seria um bom exemplo disso. Ele até já tratou de retirar as gigantes fotografias que exibia em um baner em frente ao seu comitê em Porto Velho. Até o nome do Bolsonaro já foi devidamente apagado tão logo ele foi derrotado. Prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

Mas, não apenas gente com mandato já tratou de tentar se distanciar do bolsonarismo. Tem muitos sem mandato ou que sempre estiverem ao redor do poder, de olho em cargos de segundo e terceiro escalão. Enquanto poucos manifestantes ainda seguem em frente ao campo da Brigada, em Porto Velho, nos bastidores a luta grande mesmo é por cargos na administração direta, em estatais e empresas públicas, além das benesses de acessar recursos e favores.

A nível federal, partidos do “Centrão” que endeusavam o ex-presidente não tiveram dificuldades de composição, já que também estavam nos governos de Lula e Dilma no passado, a exemplo do PSD, do União Brasil e de outras legendas que ganharam ministérios e fizeram o "L".