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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: Pesquisadores da Universidade George Washington descobriram que um composto semelhante aos componentes da maconha tem potencial como tratamento do lúpus erimatoso cutâneo, uma grave doença autoimune, que gera lesões dolorosas e desfiguradas na pele.
Publicado na revista Experimental Dermatology, o estudo realizou experimento com a anandamida, um endocanabinoide que atua em receptores semelhantes ativados pelo THC e CBD, os princípios ativos mais conhecidos da cannabis.
É conhecido que o corpo humano produz tal substância (a anandamida), e acredita-se que ela possa ajudar na regulação de sistemas do organismo, como o sistema imune. Assim, os autores se questionaram se o endocanabioide poderia ser efetivo para tratar ou prevenir o lúpus cutâneo.
Diferentemente do lúpus sistêmico, quando o sistema imune ataca o organismo, o lúpus cutâneo afeta somente a pele. Estudos anteriores mostram que uma das causas do lúpus sistêmico pode ser a desregulação do sistema endocanabioide humano.
Para testar os efeitos, os pesquisadores buscaram um meio de administrar a anandamida por meio de nanopartículas de liberação lenta.
Eles utilizaram ratos geneticamente modificados para ter a doença, que ainda não tinham desenvolvido os sintomas. Com resultados positivos na prevenção, eles decidiram testar o composto em animais que já tinham apresentado os sinais.
Os ratos foram separados em grupos que receberiam o tratamento com nanopartículas e o outro, com o mesmo composto, mas sem a entrega nanoparticular. Em dez semanas, os pesquisadores notaram que o primeiro grupo apresentou redução no tamanho e gravidade das lesões.
“Se estudos futuros verificarem estes resultados, o tratamento poderá revelar-se uma terapia promissora para pessoas que sofrem de lúpus cutâneo”, disse Adam Friedman, um dos autores do estudo.