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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: Um estudo mostrou que uma dieta saudável está associada a um menor risco de demência e a um desaceleramento do envelhecimento. Dos 1.664 participantes do experimento, apenas 140 deles desenvolveram disfunções ingerindo os alimentos indicados pelos pesquisadores.
A pesquisa foi realizada pela Escola de Saúde Pública Mailman, da Universidade Columbia e do Centro de Envelhecimento Robert Butler da Columbia, e reuniu evidências que explicam a relação entre os alimentos, o risco de desenvolver demência e o processo de deterioração do corpo humano.
Para realizar o estudo, foi usado um relógio epigenético, o DunedinPACE, instrumento que permite medir a idade biológica dos tecidos humanos.
Daniel Belsky, autor sênior do estudo, compara o dispositivo a um velocímetro de carro para o processo biológico de envelhecer.
Os participantes basearam sua alimentação no Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay (Mind), uma dieta montada para reduzir o risco de demência e perda de função cerebral conforme o envelhecimento. É uma combinação da dieta mediterrânea com a Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH), pensada para controlar a hipertensão.
Na Mind, é incentivado a ingerir vegetais (principalmente os de folhas verdes), frutas vermelhas, castanhas, azeite, grãos integrais, peixe, feijão, aves e vinho. É indicado evitar comidas que contenham manteiga ou margarina, queijo, carne vermelha, frituras e doces.
Para o futuro, Belsky sugere que sejam realizados estudos adicionais para investigar associações diretas de nutrientes com o envelhecimento cerebral. “E, se nossas observações também forem confirmadas em populações mais diversas, o monitoramento do envelhecimento biológico pode, de fato, informar a prevenção da demência.”