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    porto velho, segunda-feira 21 de outubro de 2024

Anvisa proíbe implantes de hormônios chamados de chip da beleza

Agência segue alertas de sociedades médicas que apontavam riscos associados ao procedimento, associando-o a infarto, AVC e outros quadros


Pedro N. Jordãoda CNN

Publicada em: 18/10/2024 18:07:36 - Atualizado

Foto: Reprodução

SAÚDE: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta sexta-feira (18) o implante de hormônios manipulados, chamados de chip da beleza, no Brasil.

A decisão ocorre após sociedades médicas alertarem, na última quarta (16), para os riscos associados ao procedimento, associando-o a infarto, AVC e outros quadros.

Os implantes de hormônios manipulados (feitos em farmácias de manipulação) são usados para fins estéticos, como emagrecimento e ganho de massa muscular.

Além do uso dos chips da beleza, a resolução da Anvisa suspende ainda a manipulação, comercialização, propaganda.

Os pacientes que fazem uso destes produtos devem procurar seus médicos para orientação em relação ao tratamento.

A Anvisa indica que pacientes que desenvolverem reações pelo uso dos chips da beleza devem fazer a notificação por meio deste link.

A agência também publicou um alerta formal sobre os hormônios manipulados, afirmando que eles “podem ser prejudiciais à saúde, além de não haver comprovação de segurança e eficácia para essas finalidades [estéticas]”.

No alerta, a agência destaca que entre os hormônios utilizados para fins estéticos, tratamento de fadiga ou cansaço e sintomas de menopausa estão, principalmente, a gestrinona, testosterona e oxandrolona, substâncias controladas que fazem parte da lista C5 (anabolizantes).

Tais implantes não foram submetidos à avaliação da Anvisa e não existem produtos semelhantes devidamente registrados para os objetivos indicados.

Em dezembro de 2023, algumas sociedades médicas já haviam se posicionado de forma contrária ao uso dos chips da beleza, indicando seus potenciais riscos à Saúde.

Neste ano, o uso dessa tecnologia foi apontado como possivelmente relacionado a 257 casos de complicações de saúde e duas mortes no Brasil.


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