BRASIL- A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou, nesta 2ª feira (30.jan), que decidiu manter a pandemia de covid-19 como emergência de saúde pública de interesse internacional. A medida aconteceu após reunião com autoridades mundiais de saúde, na última semana, que continuam classificando o vírus como risco para a saúde humana em meio à alta taxa de transmissão global.

"Ao entrarmos no quarto ano da pandemia, não há dúvida de que estamos em uma situação muito melhor do que há um ano, quando a onda ômicron estava no auge. Mas desde dezembro, as mortes relatadas semanalmente têm aumentado. Nas últimas oito semanas, mais de 170 mil pessoas perderam a vida devido à covid. Mas sabemos que o número real é muito maior", disse o secretário-geral, Tedros Adhanom.

O líder da OMS ressaltou que, apesar de não poder controlar o vírus devido às variantes, os países podem e devem fazer abordagens mais eficazes para conter as contaminações. Como exemplos, ele citou a vacinação de 100% dos grupos de maior risco - idosos e imunossuprimidos -, bem como a implementação de vigilância coordenada e a divulgação de dados atualizados sobre o cenário epidemiológico.

"Continuamos esperançosos de que no próximo ano o mundo fará a transição para uma nova fase em que reduziremos as hospitalizações e mortes ao nível mais baixo possível, fazendo com que os sistemas de saúde sejam capazes de lidar com a covid-19 de forma integrada e sustentável. A vacinação continuará sendo uma parte essencial da nossa abordagem", afirmou Adhanom.

De acordo com dados do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional, globalmente, 13,1 bilhões de doses de vacinas contra o coronavírus foram administradas, com 89% dos profissionais de saúde e 81% dos idosos tendo completado a série primária. Em meio ao cenário de variantes, no entanto, a OMS recomenda que todos sigam as orientações dos governos e recebam as doses de reforço.