Fundado em 11/10/2001
porto velho, quinta-feira 22 de maio de 2025
BRASIL: Uma quadrilha que disputa pontos de venda de drogas com o Primeiro Comando da Capital (PCC) tem levado terror para a região de Rio Claro, cidade do interior paulista, onde o número de assassinatos dobrou nos últimos anos.
Liderado por Anderson Ricardo, o Magrelo (foto em destaque), o bando chamou a atenção do Ministério Público de São Paulo (MPSP) tamanho o derramamento de sangue na região e foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Magrelo também é conhecido como Patrão e, segundo autoridades ouvidas pelo site, ele se considera “o novo Marcola“, referindo-se a Marco Willians Herbas Camacho, o líder máximo do PCC.
“Esse bando não é uma facção, ainda não tem tamanho para isso. São oito denunciados, que se opõem ao PCC naquela região, brigando por território. Esse ‘Patrão’ compra droga que vem do Paraguai e quer ter o poder de vender em a toda região de Rio Claro, que é rica”, explica ao site a desembargadora Ivana David, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
A magistrada acrescenta que Magrelo estaria envolvido na morte de ao menos 30 pessoas na região. Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo mostram que, em 2020, foram assassinadas 20 vítimas em Rio Claro. O número dobrou para 40 no ano seguinte, por causa da atuação da quadrilha.
Na denúncia, o Gaeco afirma que as execuções em via pública, em plena luz do dia, com disparos de fuzil, são pontos que “colocam tristes holofotes na cidade.” Além dos homicídios, a quadrilha é alvo de inquéritos que apuram o crime de organização criminosa com associação para o tráfico de drogas.
Um dos assassinatos atribuídos à quadrilha de Magrelo é o do empresário Sérgio Aparecido Fazio, de 43 anos, que foi morto quando trafegava com sua caminhonete em Rio Claro, em dezembro do ano passado. Uma câmera de monitoramento registrou o crime