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porto velho, sábado 30 de novembro de 2024
BRASIL: A procuradora de Justiça Yara Alves Ferrera e Silva afirmou que os servidores do Ministério Público de Goiás (MPGO) estão com “pires na mão”, expressão que significa “pedir esmola”. A declaração foi feita na mesma sessão ordinária em que a procuradora Carla Fleury de Souza disse ter ‘dó’ dos promotores em início de carreira por receberem, em média, R$ 30 mil.
“Estamos, hoje, em uma situação de pires na mão. Humilhados e agachados diante de todos os servidores de carreira jurídica no estado”, disse Yara durante a 5º sessão ordinária do Colégio de Procuradores de Justiça, no dia 29 de maio.
Veja o vídeo:
Conforme o Portal da Transparência do MPGO, os rendimentos brutos de Yara Alves ultrapassaram R$ 60 mil no último mês de maio. Líquido, a procuradora recebeu R$ 41,8 mil. Em dezembro de 2022, com o adicional de férias, a procuradora recebeu quase R$ 70 mil.
A procuradora, que reclama do não cumprimento da simetria salarial, afirma que os servidores do MP-GO estão em uma situação sofrida e que, “se a situação é ruim para todos nós, imagina para eles?’, se referindo aos trabalhadores do órgão que estão em greve.
“A simetria não pode se esvair pelos nossos dedos como um punhado de areia. A classe trabalhadora é ativa e comprometida. Não podemos ficar na rabeira das carreiras jurídicas”, declarou. A simetria a qual ela se refere é entre as carreiras do Ministério Público e da Magistratura.