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porto velho, quarta-feira 27 de novembro de 2024
BRASIL: A cidade de Maceió (AL) está em alerta para o risco iminente de colapso na mina 18 do município, que é operada pela Braskem. Segundo a Defesa Civil, a área pode colapsar a qualquer momento.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, até o início da tarde de sexta-feira (1º), o solo no local afundava a uma velocidade aproximada de 2,6 centímetros por hora. Até o meio-dia, o deslocamento vertical acumulado na área da mina era de 1,42 metro.
Na quarta-feira (29), a prefeitura instalou um gabinete de crise para acompanhar a situação. A decisão foi tomada depois que os tremores de terra se intensificaram no entorno da mina, em uma área já desocupada e próxima ao antigo campo do CSA, time de futebol da cidade.
Ao longo da semana, moradores do bairro Mutange receberam alertas da Defesa Civil por SMS informando para que deixassem a região e procurassem local seguro.
De acordo com a prefeitura, as ações emergenciais incluem o acolhimento facultativo de pessoas em áreas de risco, que serão abrigadas em escolas municipais, além da entrega de kits dormitórios, de higiene e de limpeza pessoal, além de cestas básicas e água.
A administração municipal acrescenta que faz monitoramento da situação em tempo real e que “se necessário for”, poderá ampliar as áreas consideradas como de risco iminente.
De acordo com a prefeitura, a “instabilidade do solo foi provocada pela atividade de mineração da Braskem em 35 minas na região”.
A gestão municipal informa que “até 2019, a empresa fazia extração inadequada de sal-gema”. Esse material é utilizado pela indústria química para fabricação de soda cáustica e PVC.
Segundo o governo de Alagoas, cinco abalos sísmicos foram registrados na região somente neste mês de novembro. O desabamento da mina pode ocasionar a formação de grandes crateras na região, além de provocar um efeito cascata em outras minas.
O prefeito JHC atribui à Braskem a responsabilidade pela situação. “A empresa Braskem começou a operar em Maceió na década de 1970. De lá pra cá, essa exploração predatória continuou de forma agressiva. Faltou fiscalização por parte dos órgãos competentes de maneira mais contundente.”
Segundo JHC, “a municipalidade não tem competência direta sobre autorizações e fiscalizações da atividade da Braskem e, por isso, o município também acaba sendo vítima de toda essa tragédia”. “Agora precisamos agir diariamente para poder mitigar todos os danos.”