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porto velho, terça-feira 26 de novembro de 2024
BRASIL: Elvis Riola de Andrade, de 46 anos, apontado como integrante do Primeiro Comando da Capital, o PCC, foi beneficiado após a Justiça manter uma liminar que garante a liberdade do “Cantor”. Ele é ex-diretor da escola de samba Gaviões da Fiel. Elvis foi colocado em liberdade na última terça-feira (5), após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Riola havia sido preso na Bolívia em 10 de janeiro e extraditado para o Brasil. Ele foi capturado em Santa Cruz de La Sierra, após um processo de inteligência da polícia boliviana com as autoridades brasileiras. Porém, um habeas corpus expedido em dezembro, pelo STJ, permitiu ao réu responder em liberdade.
Em uma denúncia do Ministério Público de São Paulo, Riola foi acusado de ser o responsável por executar o agente penitenciário Denilson Dantas Jerônimo, em 2009, a mando da cúpula do PCC.
Ainda na mesma denúncia, o MP aponta 175 supostos membros da facção paulista e detalham o funcionamento da organização, bem como a prática de crimes como tráfico de drogas e atentados com agentes públicos. Entre os denunciados estão Marco William Herbas Camacho, o Marcola. O processo corre em segredo de justiça.
No julgamento da liminar que decidiu pela liberdade do Cantor, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não utilizou a denúncia do MP em questão. Entretanto, a ficha criminal de Riola é extensa e tem crimes como roubo a transportadora, uso de armamento restrito, tráfico de drogas e de armas, além de resgate de preso na Cadeia Pública de Ituverava.
Em março de 2005 um grupo formado por Elvis e outros 5 membros invadiu uma transportadora em Embu das Artes, na Grande SP, portando metralhadoras e fuzis. Os bandidos levaram “diversos aparelhos eletrônicos, gêneros alimentícios, medicamentos, produtos de higiene, perfumaria, caminhões, armas de fogo, dentre outros bens, avaliados em R$ 2.720.000,00”, conforme diz o processo ao qual a CNN teve acesso.
Três anos mais tarde, a Justiça decidiu colocar os réus em liberdade provisória. O processo em questão foi juntado ao que acusa Riola de formação de quadrilha para a prática de crimes. Por falta de provas, o crime prescreveu e foi arquivado.
Meses depois, em outubro do mesmo ano, o Cantor e outros três suspeitos invadiram a cadeia pública de Ituverava, interior de São Paulo, portando armas de uso restrito como uma submetralhadora israelense automática, além de uma pistola semi-automática com numeração raspada e um fuzil búlgaro. Os mesmos ainda estavam usando coletes balísticos.
Segundo os autos, os suspeitos invadiram a cadeia, renderam um dos agentes penais, roubaram a arma do funcionário mediante ameaças de morte. Em seguida, ordenaram que o agente continuasse deitado em uma das salas, caso contrário, ele seria morto.
Além deste agente, eles renderam outros dois. O plano era resgatar um preso, no caso Cristiano Dias Ferreira, porém quando os denunciados inutilizaram uma porta metálica que dava acesso às celas, eles facilitaram a fuga de outros seis detentos.