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porto velho, segunda-feira 25 de novembro de 2024
BRASIL: O Ministério Público de São Paulo (MPSP) afirma que policiais militares do estado haviam sido contratados para fazer a segurança de sócios da Transwolff, empresa de ônibus da zona sul suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), mas deixaram o bico clandestino após a chegada de outras pessoas ligadas à facção criminosa para a operação dos negócios.
A informação está em um trecho da denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nessa terça-feira (9/4) contra 26 pessoas suspeitas de lavagem de dinheiro do PCC, entre outros crimes, por meio das empresas de ônibus que atendem a Prefeitura.
Segundo a denúncia, ao longo das investigações do caso, que tiveram início em 2019, os promotores do Gaeco obtiveram a quebra do sigilo telemático (os dados de celulares) dos sócios das Transwolff.
A análise das informações revelou que esse grupo contava com o trabalho de integrantes da Polícia Militar para sua segurança particular — prática vedada pela PM paulista. Nem a data de início do trabalho nem o total de PMs empregados na função foi revelada.
Contudo, ainda segundo a denúncia do Gaeco, os PMs deixaram o trabalho por “por medo em relação ao PCC quanto à vida e integridade física deles” após a descoberta do envolvimento do irmão de um conhecido dirigente da facção com a empresa.
Trata-se de Robson Flares Lopes Pontes, ex-perueiro que chegou a ser presidente da Cooperpan — a cooperativa de ônibus que deu origem à Transwolff.
Robson é irmão de Gilberto Flares Lopes Pontes, o Tobé, integrante da facção que foi encontrado morto em São Bernardo do Campo, no ABC, em 2021. Robson chegou a ser processado, há 11 anos, por tráfico de drogas e porte de munição de uso restrito, mas seus supostos crimes prescreveram.
O MPSP requisitou o desarquivamento de cinco inquéritos policiais que citam Robson e o atual presidente da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora (na foto em destaque), preso nessa terça (9/4), para apurar indícios de ligação de ambos com o PCC. Os promotores denunciaram 19 pessoas ligadas à empresa por suspeita de crimes como lavagem de dinheiro que seriam feitos para a facção.