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porto velho, domingo 24 de novembro de 2024
BRASIL: Gilson Cruz de Oliveira, de 56 anos, suspeito de matar a tiros a adolescente de 15 anos, Maria Vitória dos Santos, com quem morava há um ano, tinha o relacionamento promovido por bebidas alcoólicas, festas e ameaças. O caso aconteceu domingo (14), em Monteiro, na Paraíba. Ele foi preso no mesmo dia do crime.
Em 2022, Maria Vitória começou a trabalhar na padaria de Gilson. Segundo a família dela, o relacionamento dos dois começou poucos meses depois, quando ela tinha 13 anos.
Gilson levou a adolescente para morar com ele e lá ela passou os últimos meses de vida. Na residência, ele promovia festas com as amigas dela, com bebidas alcoólicas.
No dia do crime, Gilson e Maria Vitória estavam bebendo sozinhos, quando começaram a brigar por conta de uma brincadeira que ela fez com ele. Na madrugada, ele atirou na adolescente. Os policiais encontraram a jovem morta 12 horas depois do crime.
Em um áudio obtido pela polícia, a adolescente contou que já havia sofrido agressão de Gilson ao menos uma vez.
"Ele já tentou fazer muita coisa comigo, né? Tipo, já jogou a pistola na minha cara, estourou a minha cabeça. Aí tive que dar ponto na UPA, um monte de coisa. Só que eu nunca tive coragem de denunciar ele", disse Maria Vitória.
A mãe de Maria Vitória, que reside em São Paulo há dois anos, viajou para Monteiro para o funeral da filha e revelou o seu arrependimento por não ter denunciado o relacionamento.
Gilson Cruz foi preso poucas horas após o crime, em Brejo da Madre de Deus (PE). Ele já tinha sido condenado em 2019 por agressão corporal intencional contra sua própria filha, que na época era adolescente, após uma discussão. Embora a Justiça tenha ordenado sua prisão, a pena foi substituída por serviço comunitário. Agora, a polícia está investigando se o empresário estava envolvido com outras menores de idade.
Segundo o delegado Sávio Siqueira, Gilson ficou em silêncio durante a audiência de custódia e se recusou a dar detalhes sobre o crime. De acordo com o delegado, duas colegas da vítima já prestaram depoimento.