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porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024
BRASIL: Mais de 537 mil clientes da Grande São Paulo continuam sem energia elétrica após a forte tempestade que atingiu a região na última sexta-feira (11). De acordo com a Enel, o boletim divulgado na manhã desta segunda-feira (14) revela que 354 mil residências na capital estão sem fornecimento de energia.
Além da capital, os municípios de Cotia (36,9 mil clientes), Taboão da Serra (32,7 mil) e São Bernardo do Campo (28,1 mil) também estão enfrentando apagões. A companhia informou que, até o momento, 1,5 milhão de unidades já tiveram a energia restabelecida.
Moradores de áreas como Jardim Catanduva, Campo Limpo e Campo Grande, na zona sul de São Paulo, relataram dificuldades contínuas com a falta de energia, sendo essa região uma das mais afetadas pela chuva. A Enel, em suas comunicações, afirma que "segue trabalhando para restabelecer o fornecimento", mas não forneceu uma previsão de quando isso ocorrerá.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) criticou a resposta da Enel ao apagão, afirmando que ficou "aquém do esperado". Equipes de reparo de outros estados, como Rio de Janeiro e Ceará, foram enviadas para auxiliar na recuperação dos serviços.
Após uma reunião no domingo (13), dirigentes da Aneel e da Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (Arcesp) apontaram que a Enel não disponibilizou o número de funcionários que havia prometido para lidar com a situação. O presidente da empresa, Guilherme Alencastre, não especificou um prazo para a normalização completa do serviço; até a noite de domingo, ainda havia 698 mil imóveis sem energia.
A pressão sobre a Enel aumenta, com órgãos de controle questionando o descumprimento do plano de contingência. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governo federal também manifestaram insatisfação. O diretor da Arcesp, Thiago Veloso, destacou que a Enel havia se comprometido a empregar 2,5 mil profissionais em situações extremas, um plano que foi apresentado após um apagão anterior em 2023.
Além disso, o governador solicitou ao Ministério de Minas e Energia e à Aneel que iniciem imediatamente o processo de caducidade do contrato da Enel. O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou que está monitorando a resposta da empresa e que qualquer ação será tomada conforme necessário.