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    porto velho, quarta-feira 30 de outubro de 2024

Maior contraventor do Rio de janeiro, Rogério de Andrade é preso por mandar matar rival

Contraventor já havia sido denunciado pela morte do rival em 2021, mas acabou solto por falta de provas


ODIA

Publicada em: 29/10/2024 10:56:13 - Atualizado

BRASIL: O contraventor Rogério de Andrade foi preso, na manhã desta terça-feira (29), pela morte de Fernando de Miranda Iggnácio, em 2020. A operação Último Ato, do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio (Gaeco/MPRJ), aponta o bicheiro como mandante do homicídio do rival. 

A vítima e o denunciado são, respectivamente, genro e sobrinho de Castor de Andrade, um dos maiores chefes do jogo do bicho no Rio, que morreu em 1997.

O bicheiro foi preso em casa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, no início da manhã, e levado para a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte. 

Ele deixou o local pouco antes das 8h30, após prestar depoimento, e seguiu para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro, de onde será levado para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. Além dele, a ação também prendeu Gilmar Eneas Lisboa, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, responsável por monitorar a vítima até o momento do crime. 

O denunciado chegou à Cidade da Polícia para prestar depoimento por volta das 9h15. Segundo o Gaeco, a morte de Fernando Iggnácio foi motivada pela disputa pelo controle de pontos do jogo do bicho. 

Rogério e Gilmar Eneas foram denunciados à Justiça por homicídio qualificado e os mandados de prisão foram expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri. A ação teve apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). 

O crime aconteceu em 10 de novembro de 2020, no estacionamento de um heliporto, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, quando Fernando Iggnácio desembarcava, e acabou atingido por três tiros, um deles na cabeça. Em março de 2021, o MPRJ já havia denunciado o contraventor pelo mesmo crime, que acabou solto, em fevereiro de 2022, após a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir, por maioria de votos, trancar a ação penal, alegando falta de provas do envolvimento do bicheiro no crime como mandante. 

Por meio de novo Procedimento Investigatório Criminal (PIC), o Gaeco identificou sucessivas execuções protagonizadas pela disputa entre Andrade e Iggnácio, além da participação de Gilmar Eneas no homicídio. No último dia 9, o contraventor foi alvo de uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público, contra envolvidos no assassinato de Fábio Romualdo Mendes, em setembro de 2021. 

O crime também teria sido motivado por disputa em uma organização ligada ao jogo do bicho, da qual a vítima fazia parte. Na ação, o presidente da Mocidade Independente de Padre Miguel - da qual Rogério de Andrade é patrono -, Flávio da Silva Santos, conhecido como Flávio da Mocidade, foi preso em flagrante.


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