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    porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024

Professora é demitida após perguntar por que não pode ter falta abonada para cuidar do filho

Questionamento feito à secretária de Educação foi registrado durante reunião online com servidores


TERRA

Publicada em: 01/11/2024 11:34:43 - Atualizado

BRASIL: Uma professora de geografia foi demitida do centro de ensino onde lecionava, em Padre Bernardo (GO), após perguntar para a secretária estadual de Educação por que professores contratados não podem acompanhar os filhos em consultas médicas e terem a falta abonada por atestado.

A professora de 28 anos trabalhava no Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Santa Bárbara.

Durante uma reunião online na última quinta-feira (24), na qual a secretária conversava com servidores da rede estadual de ensino, a docente questionou por que profissionais sem concurso não poderiam ter faltas abonadas ao levar o filho ao médico, informou a TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo em Goiás.

Ao ler a pergunta da professora, a secretária de Educação, Fatima Gavioli, respondeu que a professora não seria “obrigada a trabalhar”. "É uma lei federal, né?". Na última segunda-feira, 28, ela foi informada de que o contrato dela venceu e foi rescindido.

Em outro momento da reunião, Fátima aconselhou um professor que reclamava do salário na rede de ensino a "achar serviço que ganha mais”.

As declarações da secretária viralizaram nas redes sociais e repercutiram mal entre servidores e profissionais da educação. À afiliada da Globo, ela disse que as respostas foram tiradas de contexto, mas reconheceu que respondeu mal aos servidores.

"Eu confesso a você que eu caí mesmo numa cilada, porque era uma provocação combinada, proposital, e todo ser humano, por mais controlado que seja, tem horas que você realmente dá uma resposta até que depois se arrepende. Eu não vou negar. Nós já entramos com um processo na delegacia de crimes cibernéticos e eu estou aguardando agora a investigação dessa montagem que foi feita e que conseguiu passar para os servidores do Estado", afirmou.


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