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    porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024

PCC ofereceu R$ 3 milhões para matar empresário assassinado no Aeroporto de Guarulhos

Conversa entre integrante de facção e policial foi gravada por Antônio Vinícius Lopes Gritzbach e entregue ao MP


TERRA

Publicada em: 11/11/2024 11:04:32 - Atualizado

BRASIL: O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, assassinado no aeroporto de Guarulhos, tinha entregado ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) áudios de uma conversa entre um policial civil e um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), em que eles negociam valores para matá-lo. No diálogo, é citado o valor de R$ 3 milhões como uma possível recompensa para matar o empresário.

A gravação foi entregue ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) após homologação de acordo de delação premiada em abril de 2024. Vinícius colaborava com investigações do MP-SP sobre acionistas de uma empresa de ônibus ligada ao PCC.

Na ligação, realizada para o celular do policial e ouvida em viva-voz por Vinícius, o interlocutor discutiu valores e perguntou se os R$ 3 milhões seriam suficientes para "encomendar" o crime, revelou a coluna de Josmar Jozino, no UOL.

No áudio entregue pelo empresário, ele revela detalhes de como o PCC pretendia matá-lo. A motivação para o atentado contra Antônio Vinícius estaria ligada às delações que ele fez sobre crimes cometidos pelo PCC.

Antônio Vinícius estaria envolvido em um processo pela morte do narcotraficante Anselmo Becheli Santa Fausta, o "Cara Preta", e de Antônio Corona Neto, o "Sem Sangue", assassinados em dezembro de 2021 na zona leste de São Paulo. O suposto executor do crime, Noé Alves Schaum, também foi morto um mês depois.

Jozino aponta que, para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Antônio Vinícius havia mandado matar Cara Preta depois de ter recebido R$ 40 milhões para investir em criptomoedas, desviar o dinheiro e ser descoberto. Após o golpe, o empresário passou a ser ameaçado de morte.

Segundo a coluna, o policial gravado pelo empresário terminou preso pela Polícia Federal em outra investigação.


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