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    porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024

Delator do PCC disse que pagou R$ 10 milhões a policiais civis de São Paulo após ameaça

Segundo o depoimento, os policiais disseram a ele que "a cabeça dele valia R$ 3 milhões"


IG

Publicada em: 13/11/2024 11:32:54 - Atualizado


BRASIL: Antônio Vinicius Gritzbach, empresário executado na última sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, prestou depoimento à Corregedoria da Polícia Civil em setembro, no qual revelou que pagou R$ 10 milhões a policiais civis em troca de sua inocência em um inquérito em que era acusado de duplo homicídio

O relato foi feito em um documento em que Gritzbach afirmou que o valor inicialmente exigido pelos policiais foi de R$ 40 milhões e que, em um tom de ameaça, eles lhe disseram que “a cabeça dele” estava avaliada em R$ 3 milhões.

Vinicius Gritzbach era investigado por ter supostamente ordenado o assassinato de dois integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) após descobrir que membros da facção criminosa planejavam matá-lo devido a um prejuízo financeiro de R$ 40 milhões em uma operação de lavagem de dinheiro.

De acordo com investigações realizadas por policiais, Gritzbach havia se envolvido na comercialização de criptomoedas como uma forma de lavar dinheiro, mas a operação resultou em um grande prejuízo, o que o tornou alvo de represálias por parte do grupo criminoso.

O depoimento de Gritzbach foi dado à Corregedoria da Polícia Civil após o Ministério Público de São Paulo ter compartilhado com o órgão partes da colaboração premiada do empresário, na qual ele mencionava envolvimento de policiais civis em suas atividades ilícitas.

O depoimento foi prioritário para a Corregedoria, que considerou que o empresário estava em risco de morte.

Após a denúncia feita no depoimento, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, solicitou o afastamento imediato dos quatro policiais civis mencionados por Gritzbach.


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