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porto velho, sexta-feira 22 de novembro de 2024
BRASIL: As explosões em Brasília na noite de quarta-feira (13) causaram grande preocupação entre os membros das comitivas dos países que participarão da cúpula do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. A segurança, especialmente nos arredores dos hotéis onde os líderes serão hospedados, se tornou a principal preocupação.
O G20 contará com a presença de 55 delegações de países e organizações internacionais. Alguns participantes já chegaram ao Rio, mas a maioria, incluindo os chefes de Estado, desembarcará nos próximos dias, para o evento principal, que terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A cúpula será realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), no centro da cidade, e diversas vias de acesso serão fechadas, além do aeroporto Santos Dumont. As Forças Armadas, em conjunto com outros órgãos de segurança, atuarão para garantir a proteção dos delegados. Na última sexta-feira (8), o presidente Lula assinou um decreto autorizando a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no período de 14 a 21 de novembro.
Além disso, a Força Nacional de Segurança Pública contará com 95 agentes em patrulhamento ostensivo e preventivo ao redor dos locais do evento.
A principal preocupação das comitivas, no entanto, é com a segurança nas proximidades dos hotéis onde os líderes estarão hospedados. Fontes diplomáticas disseram ao UOL que o planejamento de segurança de um chefe de Estado vai além de simplesmente fechar ruas no entorno do evento. Deve incluir uma vistoria rigorosa dos acessos aos hotéis, além de inspeções em áreas subterrâneas, como redes de esgoto e de gás, para evitar brechas que possam ser exploradas por eventuais ameaças.
A preocupação é com possíveis ataques fora dos locais de eventos, como o caso de 1995, quando um caminhão com explosivos explodiu em frente a um prédio em Oklahoma, nos Estados Unidos, matando 168 pessoas.
Um diplomata comentou que, apesar do histórico de baixa violência política no Brasil, é necessário intensificar a segurança, especialmente por causa da vulnerabilidade nas fronteiras terrestres, que podem facilitar o acesso de grupos internacionais com intenções de atacar um líder específico.