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    porto velho, sábado 23 de novembro de 2024

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano para matar Lula, mas depois recua

Segundo ele, Mauro Cid teria confirmado em depoimento ao STF que o ex-presidente sabia do planejamento


IG

Publicada em: 22/11/2024 16:21:48 - Atualizado

BRASIL: O tenente Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), prestou novo depoimento nesta quinta-feira (21) a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator dos inquéritos sobre a tentativa de golpe de Estado. De acordo com seu advogado, Cid confirmou que o ex-presidente sabia do plano de execução de Lula, Alckmin e do próprio Moraes nos planos golpistas de 2022.

"Confirma que sabia, sim, na verdade o presidente de então sabia tudo. Na verdade, comandava essa organização", afirmou o advogado Cezar Bitencourt em entrevista à Globonews.

A entrevista, feita remotamente, perdeu a conexão em certo momento. Após ser restabelecida, nove minutos depois, o advogado recuou e disse que não teria falado em um "plano de morte".

Ao ser perguntado se Cid detalhou a reunião do dia 12 de novembro de 2022 que, segundo a PF, teria acontecido na casa de Braga Netto e que houve apresentação do plano de golpe e assassinato, o advogado respondeu que o tenente "deu alguns detalhes".

Bolsonaro tinha “interesse no que estava acontecendo”

"Uma coisa importante que eu tenho que retificar, que saiu uma coisa errada aí, eu não disse que o Bolsonaro sabia de tudo. Até porque o tudo é muita coisa, né. Alguma coisa evidentemente ele tinha conhecimento, mas o que é o plano. O plano tem um desenvolvimento muito grande", disse Bittencourt na segunda parte da entrevista.

"O presidente [Bolsonaro], segundo a informação, teria conhecimento dos acontecimentos que estava se desenvolvendo, isso ele não pode negar, mas não tem nada além disso. Eu não falei plano de morte, plano de execução, de execução como sendo o plano de morte, falei da execução do plano pensado, imaginado, desenvolvido, nesse sentido", reiterou o advogado.

Bitencourt afirmou que o ex-presidente sabia, que "tinha interesse no acontecimento que estava acontecendo naqueles dias".


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