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    porto velho, sábado 4 de janeiro de 2025

Quenianos vencem provas feminina e masculina da São Silvestre; brasileira fica em 3º

Mais de 37 mil corredores participaram no último dia do ano da 99ª edição da corrida de São Silvestre em São Paulo


IG

Publicada em: 31/12/2024 11:34:45 - Atualizado

BRASIL: Mais de 37 mil corredores participaram no último dia do ano da 99ª edição da corrida de São Silvestre em São Paulo, o maior evento urbano da América Latina, com atletas africanos que defendendo a sua hegemonia. A vencedora da prova feminina foi a queniana Agnes Keino, que dominou do inicio ao fim e concluiu com tempo de 51 minutos e 26 segundos.

Cynthia Chemweno, também do Quênia, ficou com o segundo lugar, e a brasileira Núbia de Oliveira ficou em terceiro. A atleta do Brasil brigou pela posição até os últimos segundos de prova com a tanzaniana Anastazia Dolomongo.

O compatriota Wilson Too dominou a prova masculina e garantiu a dobradinha queniana. Ele fechou os 15 quilômetros em 44 minutos e 22 segundos.

Joseph Panga, da Tanzânia, ficou em segundo lugar. Reuben Poghisno, da Etiópia, fechou em terceiro. Johnatas Cruz terminou a corrida em quarto lugar e foi o melhor brasileiro na competição.

A competição, inaugurada em 1925, reúne nesta terça-feira (31) corredores profissionais e amadores ao longo de 15 quilômetros pela capital paulista.

A São Silvestre teve largada às 07h40 (horário de Brasília) na Avenida Paulista. De lá vai percorrer as ruas e pontos turísticos da cidade e vai terminar na mesma avenida.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) previa uma possível chuva, um desafio a mais para os 37.500 corredores inscritos – um recorde.

Brasileiros contra a hegemonia africana

Os estrangeiros têm dominado a prova desde a sua internacionalização. Os brasileiros não vencem desde 2006, entre as mulheres, e 2010, entre os homens.

Desde então, os corredores africanos acumulam 12 vitórias consecutivas.

Os campeões do ano passado foram dois quenianos: Catherine Reline Amanang'ole, que venceu em 49 minutos e 54 segundos, e seu compatriota Timothy Kiplagat, que cruzou a linha de chegada com o tempo de 44 minutos e 52 segundos.

O Quênia tentará repetir a vitória masculina este ano com Wilson Too (2º colocado na Meia Maratona de Bilbao, 2024) e Nicolas Kosgei (campeão da Maratona de São Paulo, 2024).

Na categoria elite masculina também correrão o etíope Gizealew Ayana (campeão da Maratona de Paris, 2023), além dos ugandenses Maxwell Kortek Rotich (atual campeão da Maratona de Porto Alegre), Moses Kibet e Phillip Kipyeko.

Esta é a oitava vitória seguida de uma atleta do Quênia. A etíope Yimer Wude Ayalew foi a última vencedora antes da sequência, em 2015 (a prova não foi disputada em 2020).

Os brasileiros, por sua vez, buscaram recuperar o destaque depois de terem perdido o pódio no ano passado nas categorias masculina e feminina.

Johnatas de Oliveira Cruz e Kleidiane Barbosa Jardim, os melhores brasileiros da última edição, lideram o pelotão de corredores locais.

História

A primeira São Silvestre de São Paulo foi realizada na noite de 31 de dezembro de 1925, após o jornalista Cásper Líbero, fundador do jornal Gazeta Esportiva, participar de uma corrida noturna em Paris.

A prova recebeu o nome do santo falecido no dia 31 de dezembro e foi disputada anualmente sem interrupções, exceto em 2020, devido à pandemia.

A competição abandonou seu horário noturno ao longo dos anos: em 1989 foi realizada no período da tarde por questões de segurança, e a partir de 2012 passou a ser disputada pela manhã para evitar desgastes físicos devido às altas temperaturas do verão.



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