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    porto velho, sábado 29 de março de 2025

Avó estava com suspeita de dengue na noite em que foi encontrada morta com a neta

Família de Ana Carolina e Marley, encontradas mortas em Jataizinho, ainda busca entender o crime. Adolescente passou a noite da avó doente no dia do assassinato...


RIC

Publicada em: 25/03/2025 12:58:09 - Atualizado


BRASIL:  A família de Ana Carolina Anacleto e Marley Gomes de Almeida, avó e neta que foram encontradas mortas com ferimentos de faca dentro de uma casa em Jataizinho, no Norte do Paraná, segue a procura de respostas sobre o crime. A adolescente foi passar a noite com a avó, que estava doente na noite em que as duas foram assassinadas.

Em entrevista ao repórter Wesley Lemos, da RICtv Londrina, Larissa Clemente, que é mãe e filha das vítimas, disse que Ana Carolina costumava frequentar a casa de Marley com frequência, já que a mãe morava sozinha.

“Minha mãe era sozinha. Ela ia direto para ficar com minha mãe. Minha mãe estava com suspeita de dengue e estava muito fraca. Ela fez o teste e nós nem descobrimos se ela estava doente mesmo. Ela cuidava de idoso e nem foi trabalhar”, revelou Larissa.

Avó disse antes de morrer que não conseguia comer

Mensagens mostram a última troca de mensagens de Ana Carolina Anacleto e Marley Gomes de Almeida com Larissa. Naquela noite, a avó fez coxinhas para a neta comer antes de dormir. Além disso, encaminhou áudios para filha dizendo que não conseguiu se alimentar.

“Mas é uma sensação muito ruim. Eu já tive febre… eu já tive dor de cabeça… eu já tive ânsia de vômito… essa dor… meu corpo dói inteirinho, inteirinho, inteirinho… dói tudo. Hoje eu fui enroscar uma mangueira na outra… eu cheguei a esquentar a mangueira… eu não tive força para por uma mangueira na outra para encaixar, Larissa. De tanta dor que eu estou nas mãos. E coceira… coceira, coceira, coceira… coceira insuportável”, disse Marley.


A conversa foi na noite de sexta-feira (21), um dia antes das duas serem encontradas mortas. A adolescente enviou um áudio para a mãe dizendo que iria passar a semana toda na casa da avó. 

“Eu vou ficar aqui na vó na segunda, terça, quarta, quinta e sexta. Sábado e domingo eu vou para aí. Fico a semana aqui na avó e fico o final de semana aí. Boa noite, dorme com Deus”, disse Ana Carolina. 

Quem eram avó e neta encontradas mortas em Jataizinho

Marley Trabalhava como cuidadora em uma casa de idosos. Ela morava no bairro há pelo menos 10 anos e era uma pessoa reservada. “Era tranquila. Só trabalhava”, contou uma vizinha.

A casa onde ela morava tem muros altos e portão fechado. A perícia não encontrou sinais de arrombamento.

“Vai ser difícil de esquecer. Ficamos muito tristes em saber que ela se foi com a neta. Tudo é muito triste”, desabafou uma outra vizinha.

Já Ana Carolina era estudante do sexto ano em um Colégio Cívico-Militar da cidade. Ela foi descrita pelos amigos como uma pessoa estudiosa, inteligente e educada.

“Fez um trabalho bonito como chefe de turma. Nós entendemos que seria de bom grado prestar essa última homenagem para a Ana Carolina”, disse o Subtenente Antônio Fragatti, diretor da escola.


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