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    porto velho, sábado 5 de abril de 2025

Estudante de medicina da USP presa no 8/1 passa a ser foragida da justiça do Ceará

Relatório sobre cumprimento de medidas cautelares aponta que estudante rompeu a tornozeleira eletrônica e deixou de comparecer à Justiça


METROPOLES

Publicada em: 03/04/2025 15:23:56 - Atualizado

BRASIL: A estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP) Roberta Jersyka Oliveira Brasil Soares, presa pelos atos do 8 de Janeiro, está foragida. De acordo com informações da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas da Comarca de Fortaleza (CE), Roberta rompeu a tornozeleira eletrônica que utilizava desde que ganhou a liberdade provisória, em 8 de agosto de 2023.

Segundo a Justiça do Ceará, a exigência de comparecimento semanal ao tribunal também não vem sendo cumprida pela estudante. “Em relação à medida cautelar de comparecimento semanal em juízo às segundas-feiras, referente à primeira quinzena de março de 2025, persiste a situação de descumprimento injustificado”, informa o ofício enviado ao ministro Alexandre de Moraes, datado de 14 de março.

O documento também aponta que a violação da tornozeleira eletrônica foi registrada pela Coordenadoria de Monitoração Eletrônica de Pessoas (COMEP). “No relatório de apuração do Sistema de Registro de Informações do Monitoramento Eletrônico, conforme ofício COMEP/SAP nº 6529/2025, de 11 de março de 2025, verifica-se que houve violação no dia 25/05/2024, com registro de rompimento da cinta, permanecendo nessa condição desde então”, relata a Vara de Execução de Penas.


“A Coordenadoria de Monitoração Eletrônica de Pessoas (COMEP) vem, mui respeitosamente, informar que, em 25 de maio de 2024, às 08h04, o Sistema de Informações de Monitoramento Eletrônico registrou alerta do equipamento nº 4111045905, utilizado por Roberta Jersyka Oliveira Brasil Soares, filha de Roberta Maria Oliveira, sinalizando ‘ROMPIMENTO’”, diz o documento citado no ofício.

Prisão

Roberta Jersyka Oliveira Brasil Soares, natural de Fortaleza (CE), tem 37 anos e cursava sua segunda graduação, medicina, na USP, quando decidiu viajar de São Paulo, onde residia desde 2020, para Brasília em janeiro de 2023. Seu objetivo era participar do ato convocado por militantes bolsonaristas contra a vitória de Lula nas eleições presidenciais.

Detida dentro do Congresso Nacional durante a manifestação, Roberta, filha de um segundo-tenente do Exército, voltou para Fortaleza em agosto de 2023 após obter liberdade provisória por determinação do STF. No momento de sua prisão, ela estava ajoelhada, rezando dentro do plenário da Câmara dos Deputados. As câmeras de segurança registraram a cena, e o vídeo foi anexado ao inquérito.


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