BRASIL: Nem Rod Stewart, nem Madonna, muito menos Rolling Stones. O maior público já reunido na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi para ver o papa Francisco.

Em 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o pontífice argentino celebrou a Missa de Envio para cerca de 3,7 milhões de pessoas, segundo dados divulgados pelo Vaticano. O evento marcou a primeira viagem internacional de Francisco após ser eleito papa e se tornou um dos momentos mais emblemáticos de sua liderança espiritual.

Essa foi a única visita do pontífice ao país. Ao desembarcar, no dia 22 de julho , foi recebido pela então presidente Dilma Rousseff e outras autoridades. Durante o trajeto até o Centro da cidade, cumprimentou fiéis com a janela do carro aberta e chegou a ficar preso no trânsito, em um momento que ficou marcado pela proximidade com o público. A jornada teve seu ponto alto no dia 28, com a Missa de Envio na Praia de Copacabana, que reuniu cerca de 3,7 milhões de pessoas. Os peregrinos passaram a noite em vigília na areia e nas calçadas do bairro. Francisco retornou a Roma no mesmo dia, após uma semana de eventos religiosos e grande mobilização popular.

Para efeito de comparação, Madonna levou cerca de 1,6 milhão de fãs à praia de Copacabana em 2024, em um megashow que encerrou a turnê "The Celebration Tour" no Brasil. A apresentação foi celebrada como histórica, mas ainda assim, com menos da metade do público que viu o papa.

Segundo o Guiness Book, o recorde anterior de público em Copacabana era do cantor Rod Stewart, que se apresentou na virada de 1994 para 1995 diante de 3,5 milhões de pessoas.

Outros momentos marcantes na orla incluem o show de Jorge Ben Jor e Tim Maia no réveillon de 1993, que atraiu cerca de 3 milhões de pessoas, e o show dos Rolling Stones, em 2006, que reuniu 1,5 milhão de fãs.

Mais do que um evento religioso, a passagem do papa Francisco pelo Brasil se tornou um marco cultural e social. A multidão que ocupou a areia de Copacabana demonstrou não apenas a força da fé católica no país, mas também o carisma e a capacidade de mobilização do líder da Igreja.