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porto velho, domingo 1 de junho de 2025
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, nesta sexta-feira (30), o pedido de prisão preventiva do prefeito de Palmas, José Eduardo de Siqueira Campos (Podemos), no âmbito da ação que investiga a venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Apesar da negativa, o magistrado autorizou a deflagração de mais uma fase da Operação Sisamnes, que investiga o vazamento de informações sigilosas no tribunal.
A nova etapa da investigação foi conduzida pela Polícia Federal (PF), com cumprimento de mandados de busca e apreensão no Tocantins. Embora tenha permitido o avanço das diligências, Zanin negou os pedidos mais duros apresentados pela PF e chancelados pela Procuradoria-Geral da República ( PGR).
Foram indeferidas as solicitações de prisão preventiva, afastamento de função pública e busca em escritórios de advocacia. Também não foi autorizada a realização de diligências nas dependências do STJ, como pleiteado pelos investigadores.
O prefeito de Palmas e filho do ex-governador Siqueira Campos, José Eduardo de Siqueira, e o advogado Michelangelo Cervi Corsetti foram alvos das buscas autorizadas por Zanin e, agora, estão proibidos de deixar o país ou manter contato com os demais investigados.
De acordo com as investigações, o prefeito teria tido acesso antecipado a informações sobre operações policiais em curso, o que, segundo a decisão do STF, comprometeu a eficácia das medidas judiciais que seriam executadas no estado. A suspeita é de que houve vazamento deliberado de dados sigilosos envolvendo investigações sensíveis.
Sobre isso, o prefeito negou que tenha informações privilegiadas e qualquer envolvimento com vazamentos sobre operações. Siqueira Campos afirmou que foi alvo de busca da PF por ter indicado o advogado de sua confiança , que também foi alvo nesta manhã, para Thiago Marcos Barbosa, sobrigo do governador do estado.