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porto velho, terça-feira 24 de junho de 2025
BRASIL: O homem que recebeu alta do hospital psiquiátrico de segurança máxima após seis anos internado é Lumar Costa da Silva (foto em destaque), 34 anos. Ele foi preso e encaminhado para tratamento médico após cometer um homicídio brutal. Em julho de 2019, sob efeito de drogas e relatando ouvir vozes, o homem matou a própria tia, retirou o coração da vítima e entregou o órgão à filha dela.
Após decisão da Justiça, o homem deixará Cuiabá e passará a cumprir tratamento em regime ambulatorial intensivo, com acompanhamento diário no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do município de Campinas, no interior de São Paulo.
A mudança foi autorizada por decisão judicial proferida em 18 de junho pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, com base em laudos médicos que atestam sua estabilidade clínica.
A saída do hospital ocorreu na última sexta-feira (20/6), e a transferência para Campinas está prevista para esta segunda (23). Lumar, no entanto, continuará sendo monitorado pela Justiça.
Risco controlado
Embora a decisão judicial reconheça que o réu segue com o diagnóstico de transtorno mental crônico e que ainda não há cessação formal de sua periculosidade, os relatórios médicos e psiquiátricos mais recentes indicam que, com a manutenção de um tratamento rigoroso, é possível garantir o controle de sua condição.
“Os elementos técnicos (…) indicam que, embora persista o diagnóstico psiquiátrico, a condição clínica atual do paciente permite o manejo adequado no âmbito do tratamento ambulatorial intensivo”, diz trecho do despacho assinado pelo juiz.
Segundo o laudo psiquiátrico mais recente, Lumar apresenta “juízo crítico preservado” e está clinicamente estável. No entanto, os médicos alertam: a doença é crônica, incurável e requer “supervisão constante por tempo indeterminado”.